Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) lançou uma nova variedade clonal do café conilon em uma fazenda experimental de Marilândia, no Norte do Espírito Santo. Os pesquisadores também desenvolveram um jardim clonal superadensado.
A nova variedade – mais tolerante à seca, resistente a doenças e com boa produtividade – herdou o nome Marilândia, como o município, e é resultado do programa de melhoramento do café conilon, que existe há 32 anos no estado.
De acordo com o pesquisador e coordenador estadual da cafeicultura, Romário Ferrão, o período de seca, nos últimos três anos, foi aproveitado para se fazer uma experiência, agrupando os cafés mais resistentes para formar a “Marilândia”.
- De mais de 2 mil clones dentro do nosso programa de melhoramento, nós selecionamos os 12 mais toleráveis à seca, com mais eficiência no uso da água. Agrupamos eles e desenvolvemos essa variedade – explicou.
Para a reprodução das mudas, o Incaper desenvolveu um jardim clonal superadensado, que permite ao produtor plantar mais em um espaço reduzido.
- No jardim clonal tradicional, você conduzia a planta até dois anos de idade para começar o processo de produção de estaquina, para ter volume e vigor para isso. Agora, esse processo foi desenvolvido no sentido de trazer para um campo menor, mais fácil de cuidar, com o número de plantas muito maior – destacou o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Aymbiré Fonseca.
Aymbiré ressaltou, também, a diferença em relação ao número de plantas por hectares dos modelos de reprodução.
- Enquanto no jardim tradicional você tinha em média 5 mil plantas por hectare, neste tem 31 mil plantas por hectare, que são plantadas em fila dupla e de forma bastante adensada – explicou o pesquisador.
Fonte: G1