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NO PIAUÍ, PRODUTORES SE PREPARAM PARA O PLANTIO DA SOJA E SEGUEM OBSERVANDO AS PREVISÕES CLIMÁTICAS

No Piauí, produtores se preparam para o plantio da soja e seguem observando as previsões climáticas. Clima continua quente e seco, mas perspectiva é que as chuvas retornem à região a partir do dia 20 de novembro. Custos de produção estão muito elevados nesta temporada. Saca da soja disponível é cotada a R$ 83,00 e no mercado futuro valor está em R$ 75,00 a saca.
Na região de Urucuí (PI) os produtores já estão prontos para dar inicio ao plantio de soja. A falta de umidade necessária no solo é o fator que ainda impede o começo dos trabalhos de campo.
De acordo com as previsões climáticas da Somar Meteorologia, não há previsão de chuvas para a região do Matopiba nesta semana e, o tempo deve continuar aberto com temperaturas altas. Somente a partir do dia 20 de novembro poderá ocorrer uma mudança no padrão climático, trazendo chuvas com condições de plantio em várias localidades do Matopiba.
Se as condições forem favoráveis até esse período, Altair Fianco do sindicato rural do município, afirma que o plantio ainda estará dentro da janela ideal. Contudo, ao longo dos anos os produtores da região optaram por adiantar o cultivo da soja e também garantir uma boa janela para o milho safrinha. Sendo assim, a semeadura da oleaginosa somente em novembro pode trazer em pactos na cultura do milho segunda safra o ano que vem.
Nesta temporada a presença do fenômeno El Niño deve reduzir o volume de chuvas no Norte e Nordeste, por isso Fianco, alerta que os produtores precisam "se adaptar" as novas condições climáticas, melhorando o perfil do solo e investindo em tecnologia especifica para a região.
"Vamos torcer para que neste ano a distribuição de chuvas seja melhor do que no ano passado. Porque a quantidade de chuva é relativa, podemos tirar boas médias com 400 a 500 mm de precipitações, mas precisamos que ela venha bem distribuída, ao contrário do que aconteceu em 2014", explica Fianco.
Custos de produção
A safra 2015/16 tem sido influenciada pela alta do dólar, se por um lado a desvalorização do real frente à moeda norte-americana é positiva para a composição dos preços no mercado interno, por outro, eleva os custos de produção – que em sua maioria é atrelados ao dólar.
Segundo Fiando, os preços da saca de soja são muito positivos para a região. No mercado físicos os negócios acontecem R$ 83,00/sc e, R$ 75,00 para o mercado futuro.
Em contrapartida, os custos subiram significativamente nesta safra. O cloreto de potássio que no ano passado era vendido por R$ 1.030,00 a tonelada, neste ano é comercializado a R$ 1.587,00 (alta de 57%); o MAP (Mono-Amônio-Fosfato) saiu de R$ 1.365,00/t para R$ 1.935,00/t (41% a mais); o Super Simples hoje é encontrado por R$ 1.153,00 a tonelada, contra R$ 675,00 na safra 2014/15 (70% de alta); já a semente Intacta RR1 era vendida a R$ 3,00/kg e hoje é comercializada a R$ 6,00/kg, reajuste de 100%.
Com isso, na região os custos variam de 30 a 35 sacas por hectare, com uma média de produtividade média de 50 sc/ha.  Por isso, "temos que fazer custos e travar posição imediatamente, porque se o dólar cair, ou a própria soja a nível Chicago, nos teremos uma surpresa muito ruim na colheita", alerta Fianco.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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