Como já é tradicional no início de ano, o mercado do boi gordo registra baixa movimentação de negócios. Muitos pecuaristas ainda não retomaram as vendas, enquanto as indústrias aguardar melhor definição dos fundamentos para adquirir grande volume de matéria prima.
E é justamente para o andamento da oferta, nas próximas semanas, que o analista da Scot Consultoria, Hiberville Neto, chama atenção.
- Temos observado um volume ainda modesto, mas capaz de atender a necessidade das indústrias. Porém a tendência é de aumento gradual na oferta de animais no decorrer do mês – revela.
Aos animais de safra também se acrescenta as projeções de aumento na participação de fêmeas vazias nas programações de abate, especialmente no mês de março.
Esses fatores, somado “a expectativa de demanda ainda mais fraca com a entrada da segunda quinzena do mês”, pode gerar um incentivo para pressões maiores sobre a cotação.
Neto lembra também da conjuntura de janeiro, onde há a incidência de impostos e a população, de modo geral, arcando com gastos extras do final de ano. Esses fatores reduzem ainda mais o potencial de compra das famílias.
Por outro lado o analista ressalta a capacidade de gerenciamento dos pecuaristas durante o período de pastagem.
- Muitas vezes, frente a pressões mais intensas, o pecuarista tem a possibilidade de retenção dos animais, diferente do período de cocho – destaca.
Em São Paulo a média dos negócios ocorre entre R$ 149,50 a R$ 150/@ a vista.
Atacado
No mercado atacadista apesar das recentes desvalorizações no preço da carne, as indústrias ainda operam com margem acima da média histórica.
Segundo analise da Scot, o indicador desossa está em 23,6%. Já os frigoríficos que operam com carcaça a média da margem de comercialização é de 17%.
Fonte: Scot Consultoria