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Necessidade de reforço na vigilância foi debatida em reunião da Cosalfa

A importância dos sistemas de vigilância passiva, com a notificação de suspeitas, foi reforçada durante a 45ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), que ocorreu na semana passada (16, 17, 19 e 20/4), em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. O evento, que ocorre anualmente, contou com a participação de quatro técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapi). Durante o encontro, foi debatido o recente caso de aftosa na Venezuela.

“Precisamos reforçar a vigilância, para evitar que a doença reingresse, e cobrir os pontos de risco, priorizando ações de fiscalização na fronteira, por exemplo”, explicou o veterinário Fernando Groff, coordenador do Programa de Combate à Febre Aftosa no Rio Grande do Sul, da Seapi. Em seu relato sobre o encontro, o técnico também destacou a importância de ter sistemas de compensação eficientes, citando como exemplo o Fundesa, que no Estado indeniza os produtores que eliminarem animais com a doença.

Diante do atual cenário, Brasil e Rio Grande do Sul devem manter-se alerta. Segundo Groff, todos os atores envolvidos na cadeia produtiva, desde produtores, transportadores e indústria, incluindo as entidades ligadas ao Fundesa e o poder público, precisam estar alinhados à esta preocupação constante com a vigilância. Entre os cuidados que devem ser tomados, está a desinfecção dos equipamentos e a inspeção clínica dos animais.

O coordenador do Programa de Combate à Febre Aftosa ressaltou ainda que os novos focos da doença na Venezuela impactam a médio e longo prazo nas diretrizes gerais previstas pelo plano estratégico com metas para 2020. “Mesmo que tenhamos áreas livres de aftosa, não podemos deixar de ter um plano. Temos que nos manter mobilizados”, enfatizou, recordando episódio que ocorreu no Japão, país onde a doença retornou após mais de cem anos.

Também participaram da reunião da Cosalfa os técnicos Graziane Rigon, Marcelo Goecks e Michele Maroso, todos da Seapi.


Foto: Fernando Groff

Fonte: SindiLat



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