Considerando os registros tangíveis a ciência ratifica que os primeiros vestígios que comprovam a existência do Zebu, no planeta, são anteriores aos povos que se estabeleceram nas proximidades do rio Indo, há cerca de 4.000 a.C., na Índia. Aliás, naquele País o Zebu é um animal sagrado – o termo Zebu vem de zri-bhu, que significa boi santo ou boi sagrado. Toda essa história está no Museu do Zebu – uma das atrações da 81ª Expozebu (Exposição Internacional das Raças Zebuínas), que acontece até o próximo domingo (10/05).
Já na entrada do museu uma linha do tempo com fotos, datas e informações contam a história dos 200 anos da importação de zebu no Brasil. Tudo começou em 1.813 quando entraram dois animais. O casal de bovinos da Costa do Malabar é deixado no porto de Salvador. Em 1.826 – o gado Zebu de origem africana possivelmente do Nilo é estabelecido por D. Pedro I na fazenda Real de Santa Cruz. Dando um salto nesta trajetória, chegamos ao ano de 2008, período em que é concedida a licença de importação dos embriões da Índia pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). E em 2009/10 – a chegada dos embriões no Brasil.
Seguindo o nosso passeio pelo Museu do Zebu, encontramos documentos históricos como livros, miniatura do sobrado “Au Bon Maché” – construído em 1.850 -, a ata escrita a mão de 25/3/1967 da assembleia geral extraordinária dos associados da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro, além de peças para a lida com o animal: estribos, esporas e berrante.
Numa outra sala do museu, imagens em quadros mostram as utilidades da raça: do sebo de zebu é feito o lápis, da carne – o bife, do couro – balas de gelatina, dos pelos – pincel para os olhos, das glândulas – anti-inflamatórios, do leite – queijos e do casco/chifres – pó-extintor.
E assim o Museu do Zebu, no parque da Fernando Costa, vai mostrando um pouco da importância da maior raça bovina do Brasil.