Nos 157 anos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o ministro Blairo Maggi recebeu com interesse proposta de criar um Museu da Agricultura, que seria formado em boa parte pelo acervo de 500 mil exemplares da Biblioteca Nacional da Agricultura, além de peças como esculturas e quadros que precisam ser catalogados para preservação.
A Biblioteca centenária, criada em 1909, guarda a história mais antiga do setor agrícola do país, tendo, por exemplo, a coleção inteira da revista A Lavoura, editada pela Sociedade Nacional da Agricultura, o Dirigente Rural, com viés de tecnologia, além de reunir toda a legislação brasileira, desde o tempo do Império, a série completa do Diário Oficial da União e livros culturais.
Fundado em 28 de julho de 1860, pelo imperador D. Pedro II, ainda como Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, o ministério foi sediado originalmente no antigo, hoje inexistente, Palácio das Festas, no centro do Rio de Janeiro.
Homenagem
O ministro Blairo Maggi em vídeo gravado para comemorar a data que coincide com o Dia do Produtor Rural, nesta sexta-feira (28), disse que – o Ministério da Agricultura tem prestado imenso trabalho à sociedade brasileira e a consumidores pelo mundo a fora. Somos aqueles que regulam a produção, que dão as normas para produzir e que garantem a qualidade dos produtos brasileiros destinados à alimentação, aqui no país e no exterior. -
Personagens ilustres
Neuza Arantes, coordenadora da Biblioteca Nacional da Agricultura é entusiasta do Museu da Agricultura, cuja possibilidade de criação o ministro Blairo Maggi ficou de avaliar. Filha de agricultores do interior paulista, Neuza trabalha há 40 anos no ministério e se orgulha ao contar que cursou biblioteconomia na Universidade de Brasília (UnB) para dedicar-se à informação, como ela diz. Outro motivo para orgulhar-se é o fato de terem passado pela instituição personagens ilustres, como o escritor Machado de Assis e o médium Chico Xavier.
Contracheque do servidor Joaquim Maria Machado de Assis no valor de 696,502 réis é um dos documentos reunidos na biblioteca, que está à disposição não apenas de funcionários do Mapa, mas do público em geral. Outra raridade do acervo é uma edição, de um total de apenas quatro, impressas em Bruxelas, em 1903, pelo então diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, J. Barbosa Rodrigues, com todos os exemplares de palmeiras brasileiras.
Fonte: Mapa