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MS: COM ALTA DEMANDA, HORTICULTOR TEM RENDA DIÁRIA DE ATÉ R$ 2 MIL NA CAPITAL

O dia de trabalho de Raimundo Gomes da Silva, 55 anos, começa de madrugada e se estende até o início da noite. “Acordo às 3 horas. Levanto, faço um café, carrego o caminhão e vou pra Ceasa. Lá pelas 6 horas, estou de volta e abro o sacolão”, conta o produtor, que é dono do Recanto Verde, uma propriedade de dez hectares, em Campo Grande. A rotina puxada do agricultor, que produz diversidade considerável de hortaliças, resulta em um faturamento médio diário de R$ 2 mil.  
“Como a venda tá boa, tenho que apertar na colheita”, afirma Raimundo, que participa de todas as etapas de seu negócio: prepara a terra, planta, cuida do crescimento das hortaliças e legumes e vende os alimentos. Em todo o processo, conta com a ajuda da esposa e três funcionários. 
A diversidade é significativa, o que permite colheita e comercialização contínuas. “Temos 16 variedades de  folhagens e seis de legumes”, informa. Alface, rúcula, chicória, almeirão, giló, beringela, abóbora, tomate cereja, estão entre os alimentos produzidos no local. 
A oferta diversificada visa atender uma demanda crescente por hortaliças. “Dá pra produzir dez vezes mais que vende tudo”, afirma Raimundo. Ele avalia que a terra da Capital é muito boa, mas o clima não tem ajudado. “Perdi muita produção com a chuvarada deste ano”, disse o produtor, que tem aproveitado os intervalos de dias sem chuva para replantar em parte da área perdida. 
Outro problema, além das intempéries, é a concorrência externa. “Vem muita coisa de São Paulo”, lembra. De acordo com a Ceasa/MS, Mato Grosso do Sul responde, em média, por 15% das hortaliças vendidas no complexo. De São Paulo, são importados cerca de 40% desses produtos. 
Boas Vendas
Mesmo com o tempo adverso e concorrência, Raimundo não tem o que reclamar de seu negócio. De alface, são vendidos até 1,2 mil pés por dia, segundo o produtor. Ele cita os volumes comercializados de outros produtos, o que ajuda a ter ideia do ritmo de suas vendas diárias. “Rúcula, vendo cerca de 720 unidades; o couve, são 300 maços; coentro, cem maços; tomate cereja, mais ou menos cem quilos; a beringela, dez caixas, giló, de cinco a dez caixas”, enumerou. 
No total, Raimundo estima faturar até R$ 2 mil por dia. “Mas 70% disso é despesa”, completa o produtor, mencionando gastos com combustível, salários, sementes e energia. 
Rotina pesada, mau tempo, concorrência e despesas; nada disso tira o brilho no olhar de Raimundo ao falar de sua atividade. “Tenho 55 anos e desde seis anos que trabalho com agricultura”, conta, sorrindo e sem esconder o orgulho de ser agricultor.
Fonte: Correio do Estado

Fonte: Canal do Produtor



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