A possibilidade de retomada do mercado de importação de fertilizantes líquidos traz boas perspectivas para as empresas que atuam no segmento no Porto de Paranaguá. Novos mercados e negociações já estão em andamento, assim como a estrutura de armazenagem preparada. A expectativa é que neste ano os volumes de desembarque do produto por mangotes e dutos sejam maiores.
Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a empresa tem trabalhado em conjunto com a iniciativa privada para atrair novos players para os terminais do Estado, em todos os segmentos.
“Somos um dos portos mais reconhecidos não apenas pela excelente operação portuária, mas também pela governança que a empresa estabeleceu. Quanto à eficiência, não só na empresa pública, mas também da iniciativa privada.”, afirma.
De acordo com Garcia, cabe à Portos do Paraná aprimorar cada vez mais a condição operacional dos portos do Estado para que continuem sendo referência. Segundo o gerente da empresa Cattalini, Lucas Guzen, atualmente os fertilizantes líquidos já são uma realidade de diversos mercados em primeiro mundo, principalmente nos Estados Unidos, onde têm uma grande aplicação.
“Não precisamos ir muito longe, na América do Sul também é realidade no mercado Argentino”, completa.
Segundo Guzen, ao buscar o produto como alternativa de expansão de mercado, a ideia é aproveitar que o Porto de Paranaguá já é referência na importação de fertilizantes granulados e sólidos.
“Já temos um volume mínimo sendo movimentado pelo Porto de Paranaguá, mas há o interesse crescente dos produtores internacionais dos fertilizantes líquidos de aumentar, e tornar esse mercado mais regular e robusto, como é dos demais fertilizantes”.
Atualmente, os produtos importados pela empresa operadora do Porto de Paranaguá vêm dos Estados Unidos, principais produtores. Porém, também existe uma forte produção nos mercados russo e europeu, além de Trinidade e Tobago, na América do Sul.
“O mercado do fertilizante líquido é um mercado que a gente já vem desenvolvendo há alguns anos e dando total suporte para que esses novos players se instalem em Paranaguá”, conclui Guzen.
OPERAÇÕES – Desde 2016, o produto, principalmente uma composição de ureia líquida, aparece nos registros das movimentações do Porto de Paranaguá. Até dezembro do ano passado, sete navios descarregaram fertilizantes nessa forma – um volume total de 42 mil toneladas.
Os adubos líquidos foram movimentos em maior volume em 2017, quando três navios descarregaram 16.454 toneladas do produto. Em 2018 foram 9.330 toneladas e, em 2019, 9.718 toneladas.
EXPECTATIVA – O segmento dos granéis líquidos está otimista com as expectativas de mercado e com os números, que demonstram crescimento já no primeiro mês deste ano. Segundo representantes do setor, 2020 promete ser muito bom para todos os operadores do Porto de Paranaguá, principalmente pela sinalização de novos investimentos em reforma e melhorias no píer público.
Os operadores de granéis líquidos no Porto de Paranaguá são a CPA, CBL, Transpetro, União Vopak, Alcopar e Cattalini. Esta é responsável por 43% das movimentações.
Fonte: DATAGRO