A Comissão Europeia aprovou a compra da Monsanto pela Bayer, anunciou, nesta quarta-feira (12/3) a empresa alemã. Em comunicado, a companhia informou que foram impostas algumas condições, mas que considera a autorização das autoridades europeias um sucesso e um passo significativo para a fusão com a norte-americana.
De acordo com o comunicado, a Bayer deve se desfazer de negócios como os de semente de canola, algodão e soja. Deve deixar também o setor de pesquisa e desenvolvimento de trigo híbrido, além de todos os negócios com o herbicida glufosinato de amônia, base da tecnologia Liberty Link da companhia.
A Bayer terá que se desfazer também de negócios com sementes de hortaliças e de herbicidas à base de glifosato na Europa. Além de transferir três programas de pesquisa em herbicidas não seletivos e licenciar projetos do seu portfólio de agricultura digital.
“A BASF já manifestou interesse nesses ativos”, diz o comunicado da empresa alemã.
Da parte da Monsanto, a condição imposta pelos europeus foi a de se desfazer em escala global dos negócios baseados no nematicida NemaStrike.
“Junto com a Monsanto, vamos apoiar os agricultores ao redor do mundo”, diz, na nota, o CEO global da Bayer, Werner Baumann.
Com a Comissão Europeia, já são mais de 30 autoridades regulatórias de diversos países a provar a compra da Monsanto pela Bayer. Entre esses países, estão o Brasil e a China.
Ainda falta, por exemplo, a aprovação de autoridades dos Estados Unidos, onde a Monsanto é sediada. A expectativa das direções das duas companhias é a de concluir o negócio durante o segundo trimestre deste ano.
Fonte: Revista Globo Rural