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MITOS E VERDADES SOBRE O FRANGO

Dentro de uma década, o frango irá ultrapassar o suíno e se tornar a carne mais consumida no mundo. De acordo com estudos da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o consumo global de carne de frango deve chegar a 134,3 milhões de toneladas em 2023, contra 129,2 milhões de toneladas de carne suína. Atualmente, a suinocultura detém a liderança, com 115,2 milhões de toneladas, contra 107,3 milhões para as aves.

No Brasil, a ave já é a preferida entre a população, seguida pela proteína bovina e, somente depois, a carne de porco. Apesar do alto consumo de frango em praticamente todas as regiões do planeta, alguns mitos ainda cercam a forma como a ave é criada e produzida. Confira os mitos e verdades em relação à produção de carne de frango.

Promotor de crescimento (MITO)

A utilização de promotores de crescimento na produção da carne de frango é um mito. Inclusive, uma ação ilegal de acordo com a legislação brasileira. Essa versão surgiu em função do abate cada vez mais cedo das aves. Porém, segundo a União Brasileira de Avicultura (Ubabef), o rápido crescimento não se dá por conta de substâncias promotoras, mas em função de uma dieta balanceada de aminoácidos, macro e micro minerais e vitaminas, que potencializam as necessidades energéticas do animal.

Carne saudável (VERDADE)

A carne de ave é rica em nutrientes e contem diversas substâncias fundamentais para o organismo, como proteínas, que são digeridas em aminoácidos essenciais e formam vários tipos de enzimas que influenciam no humor, concentração e qualidade do sono. As vitaminas presentes são a do complexo B, principalmente a B2 e B12, fundamentais para o metabolismo celular e funções do sistema nervoso. Além disso, a carne de frango ainda é uma fonte de ferro e fósforo. 58% da população brasileira consomem frango, no mínimo, duas vezes por semana.

Hormônios (MITO)

A instrução n° 17, de 18 de junho de 2004, do Ministério da Agricultura proíbe a administração, por qualquer meio, na alimentação e produção de aves, de qualquer substância com efeitos tireostáticos, androgênicos, estrogênicos ou gestagênicos, bem como substâncias β-agonistas, com a finalidade de estimular o crescimento e a eficiência alimentar. Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), a evolução no campo da seleção genética é responsável por 90% da eficiência do ganho de peso.


Congelar tira sabor (MITO)

Muitas pessoas acreditam que congelar a carne de frango elimina o sabor. Isso não é verdade. Congelar o produto é uma forma de conservar o sabor e os nutrientes do alimento, sem gerar danos ao tecido muscular e preservando a maciez e qualidade nutricional do produto. Na hora de descongelar, o ideal é fazer de forma gradativa, colocando-a no interior da geladeira, sem tirar da embalagem em que foi congelada.

Bom para pele, cabelo e unhas (VERDADE)

As proteínas presentes na carne do frango, quando digeridas em aminoácidos, ajudam na formação do material genético, DNA e RNA e até nos músculos. Já as vitaminas do complexo B auxiliam na manutenção da barreira da pele e renovação das células. Ou seja, o alimento colabora para a pele, cabelos e unhas ficarem mais bonitos e saudáveis.

100% aproveitado (VERDADE)

A carne é o principal subproduto do frango utilizado pela indústria. Mas isso não significa que as outras partes da ave sejam descartadas. A pele, gordura e carne mecanicamente separada podem ser utilizados na produção de embutidos, como mortadela, salsicha, entre outros. Outras partes do animal como cartilagem, ossos moídos, cabeça e pés são utilizados para a produção de ração.

Combate colesterol (VERDADE)

A carne de frango é uma das principais aliadas no combate ao índice do colesterol, pois é rica em proteína, possui uma série de vitaminas e minerais, incluindo niacina, a vitamina B3, que comprovadamente aumenta o HDL, o chamado colesterol bom. Possui ainda quantidade de gordura saturada menor do que a de outras carnes. A parte mais saudável é o peito, que possui apenas 57 mg de colesterol a cada 100g de carne, quando preparado grelhado e sem pele.

Fonte: Gazeta do Povo



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