O mirtillo, a frutinha também chamada de blueberry, é nativo da América do Norte, mas se adaptou muito bem à Região Sul do Brasil.
O cultivo é feito por pequenos agricultores. Em Santa Catarina, pelos cálculos da Secretaria da Agricultura, os pomares ocupam trinta hectares. Já está na época da colheita; no ano passado, foram produzidas mais de 77 toneladas.
“As maiores produções se concentram na serra e no oeste, mais precisamente em Itá. Isso, graças a um microclima único na região, causado pela presença do lago de uma usina hidrelétrica”, explica André Zanfonatto.
“A água, sendo uma substância que equilibra, absorve muita energia para mudar o seu estado, para aumentar ou diminuir o calor. Ela acabou resultando em uma amplitude térmica um pouco maior. Ou seja, nós temos um grau a mais na temperatura mínima e máxima, e essa diferença parece ter influenciado significativamente no resultado do mirtilo”, completa Lindomar Pritsch, engenheiro agrônomo.
“O interesse pelo mirtilo tem aumentado muito. O consumo, ano a ano, vem crescendo acima dos 25%”, diz Milvo Zancanaro, o maior produtor do estado. Ele recebe em torno de R$ 65 por uma embalagem com pouco mais de um quilo da fruta.
Quem compra são empresas que fabricam de tudo, até cosméticos – são cerca de 45 produtos derivados. Mas o forte mesmo são os pratos à base da fruta. Tem turista que vem de longe só para comprar o mirtillo.
Fonte: G1