Os preços do milho caem mais de 3 pontos na Bolsa de Chicago na tarde desta quinta-feira (18). O recuo do mercado, segundo explicam analistas, é reflexo de uma combinação de fatores e, assim, por volta de 12h20 (horário de Brasília), o contrato dezembro/18 valia US$ 3,71 por bushel, enquanto o março/19 tinha US$ 3,83.
Entre os principais fatores estão a melhora do clima no Corn Belt, a menor produção de etanol nos Estados Unidos e os recém divulgados números das vendas semanais norte-americanas para exportação trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O relatório informou que as vendas semanais de milho totalizaram somente 382,5 mil toneladas da safra 2018/19. O volume marca a mínima do ano comercial e é 62% menor do que o número da semana anterior, além de ficar 72% abaixo do registrado na média das últimas quatro semanas. O México foi o maior comprador da semana.
No acumulado da temporada, as vendas americnas do grão já somam 21.088,2 milhões de toneladas e, apesar do volume semanal bem baixo, esse total é bem maior do que o do ano passado, quando passavam em pouco mais de 14,9 milhões d toneladas.
“Com certa ausência de Brasil e Argentina no segmento externo, as exportações de milho dos EUA andam a todo vapor”, explica Camilo Motter.
Os futuros do cereal recuam com uma melhora do clima no Meio-Oeste americano, o que permite o início de uma retomada do ritmo da colheita nos EUA e as informações acabam por pesar sobre as cotações, que há algumas semanas vinham sustentadas por adversidades no Corn Belt.
Segundo analistas internacionais, outro fator que pesa também sobre o milho é a redução da produção norte-americana de etanol. De acordo com dados oficiais do governo dos EUA, a produção recuou 9% na semana encerrada em 12 de outubro. Essa foi a menor produção em 25 semanas. No mesmo período, os estoques do país, alcançaram um recorde de 1,014 galões, 5% a mais do que na semana anterior.
As negociações comerciais dos Estados Unidos com economias importantes como a do Japão, Reino Unido e União Europeia também estão no radar dos participantes do mercado.
“Essas três economias são alguns dos nossos maiores e mais importantes parceiros comerciais, mas ainda são mercados em que os produtores, manufatureiros e prestadores de serviço ainda enfrentam alumas barreiras grandes”, diz Kevin Brady, chairman de um comitê comercial e de negócios do Congresso.
Fonte: União do Produtores de Bioenergia