Com dados obtidos por meio do SIGA/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) – ferramenta criada e mantida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), em parceria com a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) – foi divulgada nesta quarta-feira (17) nova estimativa da colheita da segunda safra de milho do ciclo 2018/19 no estado.
Conforme o relatório, a produção aproximada será de 10,127 milhões de toneladas, o que aponta um aumento de 29,20% em relação à safra passada. A produtividade média deve manter-se em 88 sacas por hectare. Na área plantada, que teve um aumento de 5,73% em relação à safra 2017/2018 chegando a 1,918 milhão de hectares, a equipe do SIGA constatou que 22,7% já estava colhida em Mato Grosso do Sul, o que representa 435.386 hectares.
Na região sul a área colhida chegou a média de 21,5%, tendo sido colhidos nos municípios de Nova Andradina, Maracaju e Batayporã aproximadamente 35% da produção. Na região centro-oeste, a estimativa é de que 23,4% já tenha sido colhido, sendo que em Sidrolândia esse total se aproxima dos 30%.
Na região norte a média é de 28,8% já colhido, sendo que em Chapadão do Sul e Costa Rica estima-se que tenham sido colhidos 35%. A porcentagem de área colhida no Estado na safra 2018/2019 está 7,60% maior que a safra 2017/2018. A evolução nos últimos dez dias foi de 8,2%, período em que 157.276 hectares foram colhidos.
A ocorrência de geadas em alguns municípios das regiões sul, sudeste e sul-fronteira nos dias 6, 7 e 8 de julho, já era esperada pela equipe do projeto SIGA-MS, que vinha procedendo de forma cautelosa na evolução das estimativas de produtividade geral do Estado. Contudo, conclui-se até então que a produtividade de milho safrinha do Estado está dentro do previsto.
O preço médio até dia 15 de julho chegou a R$ 27,44/sc. No comparativo com julho do ano passado houve avanço nominal de 3,19%, quando o cereal havia sido cotado, em média, a R$ 26,59/sc.
De posse do relatório, o secretário de Estado, Jaime Verruck, titular da Semagro, comentou que em consequência da safra recorde que já vinha sendo esperada, mesmo com as intempéries climáticas que ocorreram, o Governo flexibilizou as regras de paridade do milho, buscando facilitar o processo de escoamento e exportação do produto.
Segundo Jaime, essa ação do Governo contribui com o mercado porque ajuda a acelerar a comercialização.
“Com esses números Mato Grosso do Sul se consolida como grande produtor nacional de milho, com produtividade média e remuneração adequadas ao produtor”. Completou.
Verruck lembra ainda que, dentro da estratégia do Governo do Estado de realizar uma intensificação da agroindústria, o milho tem um papel fundamental, por conta de sua utilização na fabricação de ração, que alimenta principalmente aves e suínos.
“A disponibilidade desse produto em Mato Grosso do Sul, e ainda a possibilidade de exportação e venda para outros Estados, cria uma janela de oportunidades para que a gente continue contribuindo com o crescimento da avicultura e suinocultura, pensando nela como um todo, agregando valor, transformando proteína vegetal em proteína animal, trabalhando para dar condições de ampliação das plantas existentes e trazendo novos investimentos para o setor”.
Fonte: DATAGRO