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MILHO: PREÇOS EM CHICAGO DEVOLVE GANHOS DO PREGÃO ANTERIOR NESTA 3ª FEIRA E CAMINHA DE LADO

Na sessão desta terça-feira (15), os preços do milho operam em campo negativo na Bolsa de Chicago. Os futuros do cereal realizam lucros e, por volta das 9h30 (horário de Brasília), perdiam 2 pontos nas posições mais negociadas, após as altas altas registradas ontem. Assim, o vencimento julho/16 era cotado a US$ 3,71, enquanto o dezembro/16 valia US$ 3,85 por bushel. 
"As posições tanto da safra velha quanto da safra nova tentam retomar um patamar de equilíbrio após o rompimento de sua resistência nesta segunda-feira (14)", explica o analista de grãos sênior do portal internacional Farm Futures, Bryce Knorr. 
Ao mesmo tempo, ao lado desse comportamento técnico das cotações, o mercado segue enfrentando a falta de novidades entre seus fundamentos – ou até mesmo no cenário macroeconômico – que possa motivar uma mudança nesses patamares. Até que isso aconteça, segundo explicam analistas, os valores seguem confinados. 
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Em sessão de ajustes, mercado fecha no vermelho na BM&F, mas mantém estabilidade no disponível
Após consecutivas sessões de alta, os preços do milho fecharam o pregão desta segunda-feira (14) em queda na BM&F, promovendo um ajuste nos preços com um movimento bastante técnico. As posições mais negociadas perderam entre 1,05% e 2,08%, mas ainda assim, os primeiros contratos se mantêm acima dos R$ 40,00 por saca. 
A pressão, segundo explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting,  no entanto, também pode ser sentida pelo avanço da colheita de verão e a chegada dessa nova oferta ao mercado. Ao mesmo tempo, há ainda uma diminuição dos embarques de milho para exportação a partir de agora, com o cereal dando espaço à soja nos portos nacionais. 
E o ajuste nas cotações chegou mesmo com uma retomada do dólar nesta segunda-feira. Nesta sessão, a moeda fechou com ganho de 1,71% e valendo R$ 3,6524, subindo mesmo após as manifestações populares deste domingo (13) contra o governo do PT. As mudanças, no entanto, ainda não são efetivas e as perspectivas sinalizam ainda muita nebulosidade na cena política nacional.
"Vimos que população não tem nenhum nome para substituir o governo do PT. A oposição foi vaiada (nas manifestações) e fica a interrogação sobre quem seria a substituição ao governo", disse o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo de Gracia Correa à agência de notícias Reuters.
"O mercado deverá ficar restrito à demanda interna a partir de agora. E como já há uma perspectiva da boa oferta vindo da safrinha, os preços passam por esse ajuste", explica Brandalizze. "É típico desse período de colheita da safra de verão que o mercado recue, mas não há motivo de preocupação para o produtor. As cotações continuam excelentes", diz o consultor. 
A demanda interna ainda permanece aquecida e como principal fator de sustentação para as cotações no mercado disponível brasileiro. Nesta segunda-feira, os preços, porém, terminaram o dia com estabilidade na maior parte das principais praças de comercialização. Em Não-Me-Toque/RS, a referência permanece em R$ 36,50; em Ponta Grossa/PR, R$ 41,00 e em Tangará da Serra/MT, nos R$ 32,50. Já a exceção desta segunda-feira ficou por conta de Sorriso, também em Mato Grosso, onde o preço cedeu 11,36% para fechar em R$ 19,50 por saca. 
Já no porto de Paranaguá, o milho com embarque previsto para setembro/16 terminou o dia também estável e valendo R$ 34,00 por saca. 
"Os preços do milho seguem em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, influenciados pela posição firme de vendedores e pela demanda aquecida. Na sexta-feira, 11, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) atingiu R$ 47,49/saca de 60 kg, com alta de quase 9% na parcial de março", informou o Cepea nesta segunda.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago, o mercado do milho trabalhou durate todo o dia com estabilidade, mas ampliou suas altas no final da sessão entre as posições mais negociadas. Os futuros do cereal subiram entre 0,75 e 4,25 pontos, levando o setembro/16 a encerrar cotado US$ 3,78 por bushel. 
Para analistas internacionais, a recomposição das cotações se deve a um reajuste após o acúmulo de baixas da última semana e de uma perspectiva melhor de demanda pelo cereal norte-americano, principalmente por conta do dólar mais baixo frente a outras moedas dos últimos dias. 
Os Estados Unidos embarcaram, na semana encerrada em 10 de março, 804,499 mil toneladas de milho, contra 970,557 mil da semana anterior. O total ficou dentro do intervalo esperado pelos traders, que variava de 750 mil e 900 mil toneladas. Durante toda a temporada, os embarques americanos já somam 16.543,172 milhões, também abaixo do registrado no mesmo período do ano comercial anterior, de 20.502,713 milhões. Os números partem do boletim semanal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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