A falta de chuvas em áreas produtoras de milho segunda safra 2017/18 no Paraná começa a deixar agricultores do Estado em alerta, disse nesta sexta-feira a AgRural, ponderando que, por ora, não há registros de perdas.
Segundo maior produtor nacional, o Paraná finalizou o plantio do grão fora da janela ideal, após atraso na colheita de soja. Com isso, uma maior área neste ano está suscetível a perdas em razão de adversidades climáticas, já que o desenvolvimento das plantas levará mais tempo que o usual.
“A situação do oeste paranaense é a que mais inspira cuidado. Com 40 por cento do milho em fase reprodutiva, a região recebeu poucas chuvas nos últimos 20 dias e não tem volumes dignos de nota previstos para o restante do mês”, destacou a AgRural.
Pelos dados do Agriculture Weather Dashboard, do terminal Eikon da Thomson Reuters, deve chover entre 10 e 30 milímetros no Paraná até 5 de maio. Os volumes devem ser mais de 60 milímetros abaixo da média em algumas regiões.
No oeste do Estado, por exemplo, a expectativa é de 21,7 milímetros de precipitações nas próximas duas semanas, 63,7 milímetros aquém do normal.
Em contrapartida, pancadas de chuva têm favorecido o desenvolvimento do chamado milho safrinha em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e norte de São Paulo.
De acordo com a AgRural, 77 por cento da primeira safra de milho já foi colhida, ante 87 por cento há um ano e 82 por cento na média de cinco anos.
Com relação à soja, a colheita avançou para 91 por cento, ante 92 por cento em igual momento do ano passado e 90 por cento na média de cinco anos.
Fonte: Reuters