Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho iniciaram o pregão desta quarta-feira (2) em campo negativo. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,00 e 1,25 pontos, por volta das 8h17 (horário de Brasília). O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,65 por bushel, depois de encerrar o dia anterior a US$ 3,67 por bushel.
Ainda nesta terça-feira, os preços exibiram ligeiros ganhos ainda sustentados pela decisão da EPA (Agência de Proteção Ambiental) dos EUA em estimular a mistura de etanol à gasolina. Para 2016, a agência estabeleceu a meta de 68,81 bilhões de litros de combustíveis renováveis a serem misturados na gasolina, número acima do registrado esse ano, de 64,33 bilhões.
Paralelamente, os participantes do mercado também aguardam uma definição da oferta do grão na América do Sul. Nos dois principais países, Brasil e Argentina, a área destinada ao cereal foi menor nesta temporada. Além disso, as informações do lado demanda são acompanhadas de perto pelos investidores.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Em Santos, preços registram alta de 3,56% nesta 3ª feira e saca é cotada a R$ 37,80
O preço da saca do milho no Porto de Paranaguá permaneceu estável nesta terça-feira (1), em R$ 36,00 a saca. Já em Santos, o preço subiu 3,56% e chegou a R$ 37,80 a saca do milho. Em Ubiratã, Londrina e Cascavel, ambas no Paraná, a alta ficou em 0,85%, com a saca a R$ 23,70. Na contramão desse cenário, a cotação recuou 2,50% em Tangará da Serra (MT), para R$ 19,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade.
Porém, a grande informação foi o volume de milho embarcado em novembro. As exportações de milho do Brasil bateram novo recorde e atingiram 4.757,1 milhões de toneladas. A média diária ficou em 237,9 mil toneladas, o que representa uma alta de 59,7% em relação ao mesmo período de 2014. As informações foram reportadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) nesta terça-feira (1).
Já no acumulado entre os meses de fevereiro e dezembro, contabilizando o volume embarcado e as nomeações, as exportações chegam a 30,5 milhões de toneladas, conforme ressalta o analista de mercado da Safras & Mercado, Paulo Molinari. "Vamos atingir 33 milhões até 34 milhões de toneladas exportadas nesta temporada", completa o analista.
Segundo informam os especialistas, a valorização do câmbio registrada recentemente contribuiu para a competitividade do grão brasileiro no cenário internacional. E também dado suporte aos preços do milho no mercado interno. Por sua vez, a moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,8549 na venda, com recuo de 0,81%. Na máxima do pregão, o câmbio tocou o patamar de R$ 3,8346. Segundo dados da agência Reuters, o dólar acabou acompanhando outros mercados de câmbio depois dos números mistos da economia norte-americana ocasionar dúvidas sobre a possibilidade do aumento da taxa de juros no país.
Ainda na visão do analista, a tendência positiva aos preços do cereal deve ser mantida no início do próximo ano. "Temos uma safra de verão pequena, em função da competitividade da soja e, teremos um primeiro semestre ajustado, pois a primeira safra será destinada ao consumo interno e teremos que torcer para ter uma grande safrinha", pondera.
BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa fecharam a sessão desta terça-feira (1) em campo positivo. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 0,32% e 0,91%. O vencimento janeiro/16 era cotado a R$ 35,90 a saca, depois de encerrar o dia anterior a R$ 35,70 a saca.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho trabalharam dos dois lados da tabela, porém, fecharam o pregão desta terça-feira (1) com leves altas. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 0,75 e 2,00 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,67 por bushel.
Assim como a soja, o mercado encontrou suporte no anúncio da Agência de Proteção Ambiental (EPA), em definir um novo mandato de combustíveis renováveis no país para 2016. O mandato ficou em 18,11 bilhões de galões, 2 milhões de biodiesel e o restante de etanol e biomassa, conforme ressaltou o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo. Com a finalização da safra americana, os investidores estão focados nas informações a respeito da demanda e o perfil da safra na América do Sul.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor