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MILHO: MERCADO INICIA PREGÃO DESTA 2ª FEIRA EM ALTA E MARÇO/16 SE APROXIMA DOS US$ 3,70 POR BUSHEL

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta segunda-feira (22) em campo positivo. As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 2,50 e 3,00 pontos, por volta das 7h50 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,68 por bushel, já o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,72 por bushel. Na última sexta-feira, os vencimentos encerraram cotados a US$ 3,65 por bushel e US$ 3,69 por bushel, respectivamente.
Na sessão anterior, as cotações da commodity fecharam estáveis, em meio aos bons números das vendas para exportação nos Estados Unidos. O volume ficou em 1.297,900 milhão de toneladas do cereal, na semana encerrada no dia 11 de fevereiro, conforme reportou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Hoje, o órgão traz novas informações sobre os embarques semanais do grão no país.
Além disso, o site internacional Farm Futures informou que na última semana a Argentina declarou estado de emergência em seis estados principais, produtores de soja e milho devido às inundações. O excesso de chuva decorrente do El Niño saturou os campos e causou inundações. Em algumas áreas o milho já começa a ser colhido.
Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:
Milho: Oferta ajustada e demanda firme garantem mais uma semana de preços firmes no mercado interno
Mesmo com a ligeira queda registrada no dólar nesta sexta-feira (19), o preço futuro (setembro/16) subiu 1,37% no Porto de Paranaguá, com a saca do milho cotada a R$ 37,00. Já no Porto de Rio Grande, a saca fechou a semana a R$ 43,00. No balanço semanal, as cotações permaneceram estáveis, em sua maioria, conforme indica o levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Bitencourt Lopes. Em São Gabriel do Oeste (MS), o preço apresentou alta de 5,56%, com a saca a R$ 38,00, já em Não-me-toque (RS), o ganho foi de 2,86% e a saca fechou o dia a R$ 36,00.
De maneira geral, a semana foi de preços estáveis no mercado interno, porém, ainda muito firmes e os negócios caminham lentamente. E, de acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o cenário é decorrente da colheita da safra de verão, especialmente na região Centro-Sul, que caminhou de maneira mais lenta essa semana devido às chuvas. "A oferta ainda continua ajustada e a demanda permanece forte. O pessoal está comprando na boca da safra e como a colheita andou pouco temos esse cenário. Entretanto, a partir da próxima semana poderemos ter um quadro diferente com a evolução dos trabalhos nos campos e os preços podem ceder entre 10% a 15%", pondera.
No Rio Grande do Sul, cerca de 38% da área foi colhida até o momento e, as produtividades estão entre 8,5 toneladas por hectare a 12 toneladas por hectare, segundo último boletim técnico reportado pela Emater/RS. Enquanto isso, no Paraná, em torno de 24% da área plantada já foi colhida e em Santa Catarina, o percentual colhido é de 20%. Dados oficiais da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam uma produção de 28.345,6 milhões de toneladas nesta temporada, contra as 30.082,0 milhões de toneladas do ciclo anterior. A área cultivada também foi menor nesta safra, ao redor de 5.723,4 milhões de hectares. Na produção 2014/15, a área destinada à semeadura do cereal ficou em 6.142,3 milhões de hectares.
Paralelamente, os analistas também destacam que os line-ups já começam a indicar uma redução no número de navios para o carregamento do milho nas próximas semanas. Ainda assim, as exportações de milho alcançaram 2.952,4 milhões de toneladas do grão no acumulado do mês de fevereiro, informou a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) essa semana. A média diária ficou em 369 mil toneladas do cereal.
Além disso, há o avanço do plantio da segunda safra de milho no país. "Acreditamos que teremos uma área semeada em torno de 10 milhões de hectares na safrinha. Em alguns estados como Tocantins, Maranhão e Piauí poderemos ter uma redução na área por conta do estreitamento da janela ideal. Mas temos nos principais estados produtores, Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, a semeadura fluindo sem grandes problemas. E, caso não tenhamos nenhum problema de clima, iremos colher ao algo próximo de 60 milhões a 62 milhões de toneladas do cereal", explica Brandalizze.
Leilões da Conab
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) irá realizar mais dois leilões de vendas dos estoques públicos na próxima terça-feira (23), com volume total ofertado de 150 mil toneladas do cereal. Os lotes serão negociados com valor inicial de R$ 23,40 a saca de 60 kg e, terão como origem os estados de Goiás e Mato Grosso. Com a nova operação, a quantidade negociada chega a 450 mil toneladas do cereal, das 500 mil toneladas projetadas inicialmente pela entidade.
No início dessa semana, a companhia ofertou 150 mil de toneladas de milho, das quais foram arrematadas 76.436,625 mil toneladas, o equivalente a 50,96%. Da primeira operação, aviso número 15, foram arrematadas apenas 7.721,403 mil toneladas, equivalentes a 12,52%, do total ofertado de 61.656,201 mil toneladas. Da segunda operação, foi negociado 77,78% do volume total ofertado, de 88.343 mil toneladas.
BM&F Bovespa
O pregão desta sexta-feira (19) foi positivo aos preços futuros do milho negociados na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal encerraram a semana com ganhos entre 0,70% e 1,56%. O vencimento março/16 era cotado a R$ 42,49 a saca, já o maio/16 era negociado a R$ 39,11 a saca.
As cotações da commodity subiram apesar da leve queda registrada no câmbio nesta sexta-feira. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 4,0227 na venda, com perda de 0,65%. Conforme dados da agência Reuters, a sessão foi marcada por pequenas oscilações, com investidores dando um respiro depois da forte volatilidade dos últimos dias apesar da queda nos preços do petróleo e das incertezas em relação à política e economia do país. Na semana, o dólar registrou ganho de 0,83%.
Bolsa de Chicago
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta sexta-feira (19) estáveis. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,65 por bushel, já o maio/16 a US$ 3,69 por bushel. Na semana, as cotações do cereal acumularam valorizações entre 1,41% e 1,88%, ainda segundo levantamento do Notícias Agrícolas.
As agências internacionais informaram que, as cotações encontraram suporte no boletim de vendas para exportação, do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 11 de fevereiro, as vendas do grão somaram 1.297,900 milhão de toneladas do cereal. O volume total ficou acima das expectativas dos participantes do mercado que giravam em torno de 600 mil a 1 milhão de toneladas. Da safra 2015/16, o número ficou em 1.050,7 milhão de toneladas e representa uma alta expressiva em relação a semana anterior, na qual, as vendas totalizaram 346,3 mil toneladas. Da safra nova, 2016/17, o volume indicado ficou em 247,200 mil toneladas do cereal.
Ainda hoje, o departamento também reportou a venda de 101,600 mil toneladas de milho para o Japão. O volume será entregue na temporada 2015/16. Essa foi a segunda operação divulgada essa semana, já que nesta quinta-feira (18), o órgão informou a venda de 106,162 mil toneladas do grão para a Costa Rica. A quantidade negociada também deverá ser entregue no ciclo 2015/16.
Contudo, os especialistas ainda ressaltam que faltam informações fundamentais para direcionar as negociações em Chicago. Em relação à safra americana, não há definições sobre a área que será destinada ao cereal. E na América do Sul, os participantes do mercado acompanham os dados sobre o clima, já que no Brasil, os produtores estão colhendo a primeira safra do cereal e cultivando a 2ª safra do grão em algumas regiões. Na Argentina, os agricultores deverão iniciar a colheita do milho em breve.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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