As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta quarta-feira (16) do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,00 e 1,50 pontos, por volta das 8h20 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,76 por bushel, depois de ter encerrado o dia anterior a US$ 3,77 por bushel.
O mercado dá continuidade ao movimento negativo iniciado no pregão desta terça-feira. Ainda ontem, as posições da commodity exibiram perdas entre 1,50 e 2,00 pontos. Os investidores ainda esperam a decisão do Federal Reserve, banco central americano, sobre a elevação ou não da taxa de juros nos Estados Unidos. E alta do dólar acaba reduzindo a competitividade das exportações americanas.
De acordo com informações das agências internacionais, há 83% de chance de o banco elevar a taxa de juros no país. Caso seja confirmado, a tarifa será elevada pela primeira vez desde 2006.
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Apesar da queda na CBOT e no câmbio, preços continuam firmes nos portos e no interior do país
Apesar das perdas registradas na Bolsa de Chicago e no dólar, as cotações do milho nos portos brasileiros permaneceram estáveis nesta terça-feira (15). Em Santos (SP), a cotação ficou em R$ 38,50 a saca, já no terminal de Paranaguá, a saca permaneceu R$ 36,50 a saca. Nas praças de Ubiratã, Londrina e Cascavel, ambas no Paraná, o dia foi de leve alta, de 0,82%, com a saca a R$ 24,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, as cotações ficaram estáveis.
Paralelamente, a moeda norte-americana fechou o pregão com queda de 0,25%, cotado a R$ 3,8765 na venda, depois de acumular alta de 4% nas últimas três sessões. Conforme dados da agência Reuters, o dia foi de volatilidade para o câmbio, que acabou sendo influenciado pelas novas informações do cenário político no Brasil, com as buscas da Operação Lava-Jato que envolveu o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB-RJ.
Ainda assim, o Cepea informou nesta semana que o ritmo dos embarques do cereal segue aquecido neste mês, o que tem elevado os preços nos portos e dado suporte às cotações no interior do país. O instituto também ressaltou que a comercialização da safra 2015/16 está adiantada, uma vez que o dólar elevado e a maior competitividade internacional elevaram a liquidez em meses anteriores.
No acumulado de dezembro, os embarques de milho somam 3.109,3 milhões de toneladas, conforme dados reportados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A média diária ficou em 345,5 mil toneladas do grão, número que equivale a uma alta de 45,2% frente à média do mês anterior. A perspectiva é que as exportações superem as 5,5 milhões de toneladas em dezembro.
Já no total acumulado na temporada, as exportações do grão superam as 30 milhões de toneladas, de acordo com informações dos analistas. E a perspectiva é que o volume fique acima de 34 milhões de toneladas para esse ano comercial.
BM&F Bovespa
A queda do dólar acabou influenciando as cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal encerraram o pregão com desvalorizações entre 0,14% e 0,32%. O contrato janeiro/16 era cotado a R$ 36,85 a saca, depois de encerrar o dia anterior a R$ 36,90 a saca.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho fecharam o pregão desta terça-feira (15) com ligeiras perdas. As principais posições do cereal encerraram o dia com quedas entre 1,50 e 2,00 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,77 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,78 por bushel. Já o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,82 por bushel.
De acordo com informações da Granoeste Corretora de Cereais, o mercado ainda aguarda a decisão do Federal Reserve, banco central americano, em relação ao aumento ou não da taxa de juros nos Estados Unidos. "Há 83% de chance de o banco elevar a taxa de juros no país, a última vez que a taxa foi elevada aconteceu em 2006", disse o editor a analista do site Farm Futures, Bryce Knorr. Caso a posição seja positiva, a medida poderá influenciar negativamente os preços das commodities, ainda segundo dados da Granoeste.
Por outro lado, os investidores ainda tentam dimensionar o impacto da retirada das tarifas de exportação do milho argentino no mercado. A medida já ocasionou especulações no mercado de que os produtores do país poderão aumentar a área plantada com o milho ainda nesta safra. A promessa feita ainda durante a campanha foi oficializada no início da semana pelo novo presidente Maurício Macri.
Ainda nos EUA, os participantes do mercado ainda acompanham os números das vendas de milho. Na semana encerrada no dia 10 de dezembro, as vendas de milho ficaram em 566,835 mil toneladas, de acordo com informações do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Com isso, o volume comprometido chega a 18,17 milhões de toneladas, porém, ainda está 23% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor