Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram o pregão desta quinta-feira (5) com leves quedas, próximos da estabilidade. As principais posições da commodity registravam quedas entre 1,50 e 1,75 pontos, por volta das 7h48 (horário de Brasília). O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,78 por bushel, depois de encerrar a sessão anterior a US$ 3,80 por bushel.
Os analistas explicam que, ao longo da sessão desta quarta-feira, os preços encontram suporte na retração das vendas por parte dos produtores norte-americanos. "Provavelmente os produtores americanos venderam cerca de 30% da produção de milho, quando normalmente para esse período teríamos em torno de 45% já negociado", disse Juan Luciano, presidente executivo da Archers Daniels Midland, em entrevista ao Agrimoney.
Porém, no final do dia, a queda mais expressiva registrada nos preços do petróleo acabou pesando sobre as cotações do cereal, conforme dados de agências internacionais. Além disso, assim como no caso da soja, os investidores também já começam a se preparar para o próximo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado na próxima terça-feira (10).
Ainda hoje, o departamento americano divulga o novo relatório de vendas para exportação, importante indicador de demanda. Na semana encerrada no dia 22 de outubro, as vendas somaram 708,8 mil toneladas e deram sustentação aos preços do grão.
Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Em Paranaguá, preço sobe 2,94% com suporte do câmbio e retoma o patamar de R$ 35,00/sc
Com suporte do dólar, a cotação do milho registrou nova alta no Porto de Paranaguá nesta quarta-feira (4). A saca finalizou o dia a R$ 35,00, com valorização de 2,94%. Por sua vez, o dólar registrou uma sessão de volatilidade, mas fechou o dia a R$ 3,7967 na venda, com ganho de 0,69%.
Na mínima do pregão, o câmbio tocou o patamar de R$ 3,7466. A moeda norte-americana foi impulsionada pelos dados forte do setor de serviços dos Estados Unidos e também pelas declarações da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, de que a taxa de juros no país poderá ser revisada para cima ainda esse ano.
E, além do câmbio, os analistas ressaltam que, as cotações do cereal ainda encontram suporte nas exportações do grão e na demanda interna. Em relação aos embarques, o Brasil fechou o mês de outubro com mais de 5,54 milhões de toneladas exportadas. A média diária ficou em 264,2 mil toneladas do cereal.
O volume é o maior registrado para essa época, desde 2013, quando o país embarcou 3,95 milhões de toneladas. A receita das exportações rendeu ao Brasil US$ 919,9 milhões, uma alta de 99,1% em comparação com o mês passado. A perspectiva é que as exportações sejam recordes nesta temporada e superem o número de 27 milhões de toneladas de milho.
Em relação à demanda, os analistas destacam que a procura pelo no mercado interno permanece aquecida, especialmente do setor de rações. Muitas indústrias já buscam o produto para a formação de estoques.
Bolsa de Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta quarta-feira (4) com ligeiras quedas, próximos da estabilidade. As principais posições do cereal exibiram perdas de 0,20 e 0,40 pontos. O vencimento dezembro/15 encerrou o dia estável, a US$ 3,80 por bushel.
O mercado segue em busca de informações que possam movimentar as cotações. Enquanto isso, as atenções dos investidores permanecem voltadas à finalização da colheita do milho nos Estados Unidos. Até o último domingo, cerca de 85% da área plantada já havia sido colhida no país, conforme dados oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Além disso, o baixo ritmo das vendas norte-americanas também está sendo acompanhado de perto pelos participantes do mercado. "Provavelmente os produtores americanos venderam cerca de 30% da produção de milho, quando normalmente para esse período teríamos em torno de 45% já negociado", disse Juan Luciano, presidente executivo da Archers Daniels Midland, em entrevista ao Agrimoney.
Na visão do consultor de mercado, Ênio Fernandes, a valorização cambial no Brasil acabou contribuindo para o cereal no cenário internacional. "Temos o milho mais barato do mundo, com isso, muitos compradores acabaram adquirindo o produto de origem brasileira", explica o consultor.
Paralelamente, os investidores já começam a se preparar para o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na próxima terça-feira (10). Ainda essa semana, a Informa Economics estimou o rendimento das lavouras do cereal em 179,92 sacas por hectare. O número ficou acima do projetado pela consultoria em outubro, de 168,4 sacas por hectare. Em seu último boletim, o USDA indicou a produtividade média das plantações de milho em 177,8 sacas por hectare.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor