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MILHO: DE OLHO NAS CHUVAS NO MEIO-OESTE, MERCADO INICIA TERÇA-FEIRA COM LEVE VALORIZAÇÃO EM CHICAGO

Nesta terça-feira (20), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão com leve alta. Perto das 7h39 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 1,00 e 1,25 pontos. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,38 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,48 por bushel. O julho/17 operava a US$ 3,62 por bushel.

Os participantes do mercado ainda seguem atentos às chuvas no Meio-Oeste americano e no impacto do clima na qualidade dos grãos e no andamento dos trabalhos de colheita. Ainda assim, no final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que a colheita já está completa em 9% da área cultivada nesta temporada. Na semana anterior, o índice era de 5%.

“O número está um pouco abaixo da média dos últimos cinco anos, mas não é desastrosa considerando as chuvas no Meio-Oeste dos EUA”, disse Tobin Gorey, do Commonwealth Bank of Australia.

O departamento ainda manteve em 74% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. “Contudo, as condições do milho continuam boas, a melhor classificação desde 1994. As expectativas são de que o USDA revise a produção de milho relatórios futuros, mas as condições das lavouras nesse instante vão contra grandes cortes”, reportou o corretor da CHS Hedging, Joe Lardy, em entrevista Agrimoney.com.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho fecha pregão desta 2ª feira próximo da estabilidade na CBOT com foco no clima e na safra dos EUA

As principais posições do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sessão desta segunda-feira (19) com ligeiras altas, próximos da estabilidade. Após testar os dois lados da tabela, os vencimentos da commodity exibiram ganhos entre 0,25 e 0,50 pontos. O vencimento dezembro/16 fechou o dia a US$ 3,37 por bushel, enquanto o março/17 era cotado a US$ 3,47 por bushel. O maio/17 era negociado a US$ 3,54 por bushel.

Apesar das preocupações com as chuvas no Meio-Oeste dos Estados Unidos, a perspectiva ainda de uma safra recorde no país nesta temporada limita o potencial de alta dos preços, conforme informam as agências internacionais. Apesar da redução apontada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na semana anterior, os produtores americanos ainda deverão colher ao redor de 383,38 milhões de toneladas do cereal neste ciclo.

No caso do clima, o NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país – ainda indica chuvas acima da normalidade no Meio-Oeste no período de 25 a 29 de setembro. No mesmo intervalo, as temperaturas também deverão ficar acima da média na região produtora.

“Hoje, temos tempestades severas no leste de Iowa e noroeste de Illinois. E as chuvas podem atrasar o andamento dos trabalhos nos campos norte-americanos, mas é preciso acompanhar ao longo da temporada”, disse Bob Burgdorfer, analista e editor do portal Farm Futures.

Além disso, já há relatos nos sites internacionais sobre o aparecimento de doenças nas lavouras americanas devido ao excesso de umidade em algumas localidades. Segundo dados do site Agrimoney.com, relatos de doenças, como podridão do colmo no milho, têm sido mais frequentes em algumas regiões.

Para a colheita do cereal norte-americano, a perspectiva é que o USDA indique a colheita completa em 11% da área semeada nesta temporada e 74% das lavouras em boas ou excelentes condições. Na semana anterior, cerca de 5% da área havia sido colhida. O departamento atualiza as informações no final da tarde desta segunda-feira.

Ainda hoje, o USDA reportou a venda de 191 mil toneladas de milho para o México. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17. Enquanto isso, os embarques do cereal somaram 1.285,034 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 15 de setembro. O número ficou dentro das apostas dos investidores entre 990 mil e 1,3 milhão de toneladas.

Mercado brasileiro

Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho encerraram o pregão desta segunda-feira (19) em campo misto. As primeiras posições do cereal exibiram ganhos entre 0,12% e 0,24%, com o novembro/16 cotado a R$ 42,05 a saca. As posições mais longas caíram entre 0,02% e 0,91%. O março/17 finalizou o dia a R$ 41,40 a saca.

Enquanto isso, no mercado interno, o dia foi de estabilidade aos preços nas principais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Assis (SP), o valor caiu 13,15%, com a saca a R$ 32,24. Na região de Panambi (RS), a queda foi de 2,29%, com a saca do cereal a R$ 41,04. Em São Gabriel do Oeste (MS), a saca finalizou o dia a R$ 30,00 e recuo de 1,64%.

No Paraná, nas praças de Ubiratã, Londrina e Cascavel, o valor subiu 1,61%, com a saca do grão a R$ 31,50. No Porto de Paranaguá, o dia também foi positivo, a saca subiu 3,13% e a saca fechou o dia a R$ 33,00.

De acordo com informações reportadas pelo Cepea, em São Paulo, os compradores cederam um pouco e pagaram valores mais altos pelo milho, cenário que fez com o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa voltasse a subir na última semana.

“Os negócios foram pontuais e limitados entre agentes do estado paulista. Entre 9 e 16 de setembro, o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa subiu 1,52% fechando a R$ 42,78/saca de 60 kg na sexta-feira, 16″, informou a entidade em nota.

Para essa semana, a perspectiva ainda é de mercado mais lento, com pouco interesse dos compradores, que já estão cobertos no curto prazo e devem trabalhar da mão-pra-boca, conforme ponderam os especialistas. As importações de milho também permanecem sendo observadas pelos investidores, assim como as exportações.

Do mesmo modo, o início da safra de verão, especialmente no Sul do Brasil, com perspectiva de aumento na área destinada ao milho também está no radar dos participantes do mercado. Até o momento, os produtores realizam a semeadura do grão, mas não há grandes preocupações em relação ao clima. “Os produtores estão mais interessados em plantar do que negociar”, disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou a segunda-feira (19) cotada a R$ 3,2783 na venda, com alta de 0,32%. O pregão foi marcado pelo baixo volume, uma vez que os operadores estão cautelosos antes da reunião do Federal Reserve, banco central americano, que será finalizada na quarta-feira. A perspectiva é sobre o aumento ou não taxa de juros nos EUA.

Com isso, o andamento do câmbio foi direcionado pelo índice de atividade do Brasil, mais fraco do que o esperado desestabilizando um pouco a confiança dos investidores. As informações foram reportadas pela agência Reuters.

Fonte: Notícias Agrícolas

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Fonte: Sistema FAEP



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