As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta quinta-feira (3) em campo negativo. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,50 e 0,75 pontos, por volta das 8h15 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,63 por bushel, depois de ter encerrado o dia anterior a US$ 3,64 por bushel.
O mercado dá continuidade ao movimento negativo e recua pelo 2º dia consecutivo. De acordo com informações das agências internacionais, os investidores estão focados na Argentina, com a perspectiva de um aumento nas vendas por parte dos produtores do país. Isso porque, o presidente eleito, Maurício Macri, sinalizou que as taxas para as exportações do cereal deverão ser retiradas a partir de dezembro.
Ainda ontem, Michael Cordonnier, um dos consultores mais respeitados do mundo, reportou que a situação pode inclusive estimular os produtores a aumentarem a área semeada com o cereal nesta temporada. "Acredito que o cenário seria mais otimista para o milho e a longo prazo, os agricultores argentinos irão semear mais o cereal, sem dúvida", disse.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Com desvalorização no dólar, preços recuam até 2,78% em Paranaguá nesta 4ª feira
Mais uma vez, a queda registrada no câmbio pesou sobre os preços do milho nos portos brasileiros. Nesta quarta-feira (2), a cotação em Paranaguá recuou 2,78%, com a saca do grão a R$ 35,00, depois de atingir o patamar dos R$ 36,00/sc no dia anterior. No terminal de Santos, a queda foi menor, de 0,79% e a saca negociada a R$ 37,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
Já a moeda norte-americana fechou a quarta-feira cotada a R$ 3,8355 na venda, com queda de 0,50%. Na máxima da sessão, o câmbio tocou o nível de R$ 3,8765. Segundo informações reportadas pela agência Reuters, o câmbio foi pressionado pelo discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, acompanhar as perspectivas de que o banco central americano irá elevar a taxa de juros no país ainda esse mês.
Ainda assim, os analistas ressaltam que o dólar é o principal componente de sustentação aos preços do cereal esse ano e tem contribuído para os bons volumes na exportação. Em novembro, os embarques do grão bateram novo recorde e atingiram a marca de 4.757,1 milhões de toneladas. A média diária ficou em 237,9 mil toneladas, o que representa uma alta de 59,7% em relação ao mesmo período de 2014, as informações foram divulgadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Com isso, no total acumulado desde fevereiro até dezembro, contando o volume real embarcado e as nomeações, as exportações alcançam 30,5 milhões de toneladas, de acordo com informações do analista de mercado da Safras & Mercado, Paulo Molinari. Inclusive, o especialista pondera que os embarques podem chegar até 34 milhões de toneladas do cereal nesta temporada.
Por outro lado, as exportações aquecidas têm contribuído para enxugar o mercado interno. Frente a esse cenário, a perspectiva é que a tendência positiva aos preços do cereal seja mantida até no início do próximo ano. "Temos uma safra de verão pequena, em função da competitividade da soja e, teremos um primeiro semestre ajustado, pois a primeira safra será destinada ao consumo interno e teremos que torcer para ter uma grande safrinha", diz Molinari.
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, os preços futuros do milho fecharam em alta pelo 3º dia consecutivo. As principais posições do cereal encerraram o pregão desta quarta-feira com ganhos entre 0,35% e 0,84. O vencimento janeiro/16 era cotado a R$ 36,20 a saca.
Bolsa de Chicago
Os futuros do milho finalizaram a sessão desta quarta-feira (2) do lado negativo da tabela na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal ampliaram as perdas ao longo do dia e exibiram desvalorizações entre 3,00 e 3,50 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,64 por bushel, após iniciar o pregão a US$ 3,65 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, as cotações foram pressionadas pelo movimento de vendas especulativas, buscando a realização de lucros depois dos ganhos recentes. Nesse instante, os analistas reforçam que, as atenções estão voltadas às informações da América do Sul e na demanda. No caso da Argentina, a perspectiva de que o novo presidente eleito, Maurício Macri, retire a taxa de exportação sobre o milho já a partir de dezembro ainda paira no mercado.
O fator poderia estimular os agricultores a aumentarem a área destinada ao cereal já nesta temporada. "Acredito que o cenário seria mais otimista para o milho e a longo prazo, os agricultores argentinos irão semear mais o cereal, sem dúvida", disse Michael Cordonnier, um dos consultores agrícolas mais respeitados do mundo, nesta quarta-feira.
Além disso, a valorização do dólar frente às demais moedas também contribuiu para dar o tom negativo às negociações. Assim como o recuo na produção de etanol nos EUA. A produção de etanol no país somou 956 mil barris na semana encerrada no dia 27 de novembro. O número ficou abaixo do recorde registrado na semana anterior, de 1,008 milhão de barris. As informações foram divulgadas pela AIE (Agência Internacional de Energia) nesta quarta-feira (2).
No mesmo período, os estoques de etanol ficaram em 20 mil barris. O número na semana passada era de 19,6 mil barris. Paralelamente, a EPA (Agência de Proteção Ambiental) dos EUA reportou no início dessa semana a decisão de estimular a mistura de etanol à gasolina, o que foi encarado como positivo pelos participantes do mercado.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor