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MILHO: APÓS GANHOS RECENTES, MERCADO EXIBE LIGEIRAS QUEDAS NA MANHÃ DESTA QUINTA-FEIRA EM CHICAGO

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves quedas no início do pregão desta quinta-feira (14). As principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,25 e 2,50 pontos, por volta das 7h31 (horário de Brasília). O vencimento maio/16 era cotado a US$ 3,71 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,83 por bushel.
O mercado voltou a trabalhar em campo negativo após dois dias consecutivos de ganhos de altas. Inclusive, nesta quarta-feira, as cotações do cereal subiram mais de 10 pontos e fecharam no maior patamar desde dezembro. De acordo com informações das agências internacionais, os preços encontraram sustentação nos dados divulgados pela China, sinalizando uma melhora na economia do país e no comportamento do clima na América do Sul.
Os investidores estão acompanhando as previsões climáticas para o Brasil, onde já há preocupação com a falta de chuvas na região Centro-Oeste e os efeitos para o desenvolvimento das lavouras de milho safrinha. Paralelamente, o clima seco no Paraguai e o excesso de umidade na Argentina também são observados pelos participantes do mercado. A perspectiva é que com possíveis problemas de oferta na América do Sul os compradores possam se direcionar para os Estados Unidos.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta novo boletim de vendas para exportação. Na semana anterior, as vendas de milho somaram 1.120,3 milhão de toneladas.
Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Com clima e dados da China, mercado estende ganhos em Chicago e encerra com altas acima de 10 pts nesta 4ª feira
Nesta quarta-feira (13), as cotações futuras para o milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia com fortes altas. Este é o segundo pregão consecutivo de ganhos, influenciado por uma série de fatores, que levou o mercado a fechar no maior patamar desde dezembro. O principal fator foram as informações divulgadas pela China que mostram sinais de melhora na economia. Além disto, as dados de clima na América do Sul também refletiram para as altas.
Com isso, os principais vencimentos encerraram o dia com altas acima dos 10 pontos. O contrato maio/16 encerrou valendo US$ 3,73 por bushel, após subir 10,75 pontos. O vencimento julho/16 teve a maior alta, de 11,05 pontos, com negócios em US$ 3,77 por bushel. Já o setembro/16 encerrou o dia a US$ 3,79 por bushel, com ganhos de 11 pontos.
Dados divulgados nesta quarta-feira (13) pela Administração Geral de Alfândega Chinesa apontam que em março, as importações de soja pela China bateram recorde para o período, totalizando 6,1 milhões de toneladas, um aumento de 36% na comparação anual. Com o aumento das compras, há um indício de melhora na economia chinesa.
Segundo sites internacionais, os dados impulsionaram altas para soja, milho e trigo, com a expectativa de que a demanda chinesa seja mantida. Além disto, os ganhos para a oleaginosa apoiaram preços do cereal, com especulações sobre o plantio nos Estados Unidos – que investidores acreditam possa haver um aumento do plantio da área de soja, com produtores aproveitando os preços positivos na bolsa.
De acordo com o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, os fatores climáticos também estão contribuindo para as altas em Chicago. Com informações de falta de chuvas em regiões do Brasil e do Paraguai, além de excesso de chuvas na Argentina, o mercado entende que pode haver uma redução da safra sul americana.
O boletim do agrometeorologistada Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, aponta que o período seco e quente no centro-oeste do Brasil está prejudicando o desenvolvimento das lavouras de milho. “E tais condições meteorológicas estão reduzindo muito rapidamente os níveis de umidade do solo, afetando o desenvolvimento de lavouras de milho safrinha, em todas as regiões produtoras”, aponta.
Além disto, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou vendas norte americanas com destino ao Japão, o que também trouxe fôlego ao mercado. De acordo com o boletim, foram comercializadas 110,8 mil toneladas da safra 2015/2016.
Na tarde de ontem, o departamento também divulgou seu relatório de oferta e demanda – que deu início às altas do cereal na Bolsa de Chicago. Os dados apontam que houve crescimento nos estoques norte americanos de milho, que passou de 46,66 milhões de toneladas em março para 47,42 milhões de toneladas. O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, explica que o boletim acabou sendo de neutro a positivo para o mercado.
A grande surpresa foi o aumento do cereal destinado para a fabricação de etanol. Segundo o boletim do Departamento, a destinação do milho para etanol passou de 132,62 milhões de toneladas para 133,36 milhões de toneladas no atual relatório. “O USDA começa a caminhar para o lado que o mercado aprova, principalmente por significar um aumento da demanda a longo prazo”, explica Brandalizze.
Mercado interno
No Brasil, os negócios estão lentos. De acordo com Camilo Motter, o atual patamar do dólar está limitando vendas, que atinge um dos piores níveis no ano. Apesar de Chicago ter registrado movimento de alta, produtores ainda esperam melhoras no cenário geral.
No fechamento de hoje, a moeda norte-americana encerrou o dia valendo R$ 3,4795 reais na venda, com recuo de 0,44%. Segundo a agência de notícias Reuters, o mercado está entendendo que deve acontecer uma troca de governo e aposta no impeachment da Presidente da República Dilma Rousseff.
Na BM&F Bovespa, as cotações tiveram leves altas para os vencimentos, após encerrar o pregão com perdas. No contrato maio/16 os ganhos foram de 1,19% e negociação de R$ 46,94 por saca de 60 quilos. Já julho /16 encerrou cotado a R$ 39,00 pela saca, enquanto setembro/16 fechou a R$ 36,85 por saca.
Já no Porto de Paranaguá, os preços subiram 3,13% e encerrou com cotação de R$ 33 reais pela saca. No interior, quase não houve movimentação de preços, apenas com um registro de alta em Ponta Grossa (PR). Na praça, os preços subiram  6,52% e com o valor da saca em R$ 49,00.
Há algumas semanas, os preços seguem firmes com a escassez na oferta, segundo explica o boletim do Cepea desta semana. "A relação entre maior demanda e baixa oferta tem mantido altos os preços do milho. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) se mantém na casa dos R$ 49,00/saca de 60 kg – na parcial de abril, acumula ligeira baixa de 0,56%, a R$ 49,40/sc de 60 kg na sexta-feira (8)", informou em nota.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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