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MILHO: APÓS DOIS DIAS DE ALTA, MERCADO INICIA SESSÃO DESTA 4ª FEIRA PRÓXIMO DA ESTABILIDADE NA CBOT

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quarta-feira (27) em campo misto, próximas da estabilidade. Por volta das 7h41 (horário de Brasília), somente os vencimentos maio/16 e dezembro/16 exibiam alguma movimentação cotados a US$ 3,82 por bushel, com queda de 0,25 pontos e US$ 3,94, com alta de 0,25 pontos, respectivamente.
O mercado permanece sustentado em meio às especulações em relação às perdas na safrinha brasileira depois da falta de chuvas e das altas temperaturas observadas nas principais regiões produtoras. Nessa semana, as precipitações retornaram aos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia e no Matopiba. Ainda assim, o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, ressalta que os volumes não ser altos, mas o suficiente para interromper a secura que vinha sendo registrada.
"Mas nos próximos dias, o tempo voltará a ficar firme em todo o Centro-Sul do Brasil, devido ao afastamento e enfraquecimento da frente fria, que dará lugar para a massa de ar polar. Assim, toda a região terá nesses próximos dias temperaturas baixas. E esse padrão meteorológico manterá as condições desfavoráveis ao milho safrinha, uma vez que várias localidades não receberam volumes significativos de chuvas, ao ponto de neutralizar as perdas e, principalmente, manter um mínimo de umidade suficiente no solo para garantir melhores condições ao desenvolvimento da planta nesse novo período de tempo firme e sem chuvas. As chuvas só deverão retornar às regiões produtoras de milho por volta do dia 10 de maio", explica Santos.
Paralelamente, os participantes do mercado ainda observam as informações de que o Brasil zerou a tarifa para a importação de 1 milhão de toneladas do cereal fora do Mercosul. Com isso, a perspectiva é a medida favoreça especialmente as compras de milho dos Estados Unidos.
Já a safra norte-americana segue avançando e, até o último domingo (24), a semeadura chegou a 30% da área prevista, conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início da semana. Contudo, as previsões de chuvas nos próximos dias, já começam a ser observadas pelos participantes do mercado, já que se confirmadas podem atrasar os trabalhos nos campos.
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: De olho no clima, preços têm nova alta em Chicago e consolida 2º dia consecutivo de valorização
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta terça-feira (26) do lado positivo da tabela. As principais posições do cereal registraram ganhos entre 5,25 e 6,75 pontos e consolidaram o 2º dia consecutivo de valorização. O vencimento maio/16 era negociado a US$ 3,82 por bushel e o setembro/16 era cotado a US$ 3,88 por bushel.
Os analistas reforçam que, diante das especulações em relação ao clima na América do Sul, os fundos continuam atuando na ponta compradora do mercado. Somente nos últimos 20 dias, o contrato maio/16 passou de US$ 3,54 por bushel para US$ 3,77 por bushel, uma alta de 6,35%. O setembro/16 também subiu e registrou um ganho de 5,67%, ao passar de US$ 3,6175 a US$ 3,8225 por bushel.
No caso do Brasil, as informações a respeito do clima nas principais regiões produtoras do grão ainda servem de suporte ao mercado em Chicago. Depois do período seco e das temperaturas elevadas, as chuvas devem retornar à essas localidades ao longo dessa semana, conforme previsões do agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos. Contudo, é preciso saber qual será o impacto das chuvas nas lavouras e, principalmente, o potencial de recuperação dessas áreas.
"E a previsão é que ela – frente fria – continue avançando aos demais Estados das regiões Sudeste e Centro-oeste, onde são esperadas chuvas entre hoje e quinta-feira. Os volumes não serão altos, mais suficientes para permitir uma mudança no padrão atmosférico e consequentemente uma melhora ao desenvolvimento das lavouras", informou o agrometeorologista.
Esse é o caso da produção do grão na região de Toledo, no estado no Paraná. Apesar do retorno das chuvas, somente nesta segunda-feira (25), as precipitações superaram os 55 mm, há projeções de perdas consolidadas em algumas regiões, que podem superar os 15%. "As chuvas de agora irão ajudar na recuperação das lavouras mais atrasadas, que estavam precisando de umidade e água. Claro que temos algumas plantações que não irão recuperar, apenas ganharão um pouco mais de peso nos grãos. Em algumas localidades, as perdas podem superar os 15%. Contudo, a média do município ainda deverá ser boa”, afirma Nelson Paludo, presidente do sindicato rural e vice-presidente da Aprosoja PR.
Ainda hoje, um dos mais respeitados consultores internacionais, Michael Cordonnier, projetou a safra total de milho em 79 milhões de toneladas na temporada 2015/16. "E a estimativa poderia ir ainda mais baixo se não tivermos mais chuvas em breve. A colheita do milho safrinha está diminuindo diariamente e a questão é saber o quão ruim poderia ser. A previsão de chuvas para essa semana e temperaturas mais baixas agora poderia estabilizar a safra de milho a estes níveis mais baixos, mas a cultura precisa de mais do que uma chance de precipitação para evitar uma maior deterioração", explica.
Já do lado técnico do mercado, como explicam analistas internacionais, os preços encontraram estímulo e suporte em uma nova baixa do dólar. Além de recuar frente ao real, a moeda norte-americana caiu 0,3% também diante de uma cesta de principais moedas internacionais, segundo reportou o portal Agrimoney, o que trouxe, portanto, mais competitividade aos produtos negociados nas bolsas norte-americanas.
Ao lado dessa baixa do dólar, dia de alta para os futuros do petróleo no cenário internacional. A commodity fechou com um ganho de mais de 35 em Nova York e passou dos US$ 44,00 por barril, ajudando a complementar o terreno positivo para as commodities agrícolas de uma forma geral.
Outra variável que tem sido observado pelos investidores é a isenção da tarifa para a importação de 1 milhão de toneladas de milho fora do Mercosul. A medida foi divulgada recentemente no Diário Oficial da União e tem validade até o dia 18 de outubro. O governo brasileiro, reportou hoje, que cada empresa terá o direito inicialmente de uma cota de 100 mil toneladas do grão.
A medida tem como objetivo aumentar a oferta do cereal no mercado interno, que segue com ajustada depois das exportações recordes registradas no ciclo anterior. Na visão dos especialistas, a situação irá favorecer especialmente as compras de milho dos Estados Unidos.
Safra dos EUA
Outro fator que também tem sido acompanhado de perto pelo mercado é o clima nos EUA e o andamento do plantio. As previsões climáticas indicam chuvas no Meio-Oeste do país, o que poderia atrasar a semeadura do cereal e reduzir o tempo hábil para o plantio. Entretanto, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que até o último domingo (24) cerca de 30% da área já havia sido cultivada com o grão.
A estimativa do mercado estava ao redor de 25%. Na última semana, o índice era de 13% e a média dos últimos anos é de 16%. O órgão ainda divulgou que em torno de 5% das lavouras já emergiram, contra 2% registrado no ano passado.
BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa encerraram a sessão desta terça-feira (26) em campo misto. As primeiras posições perderam entre 0,51% e 0,86%. Já os contratos mais distantes exibiram valorizações entre 0,25% e 1,18%. O maio/16 era cotado a R$ 48,45 a saca, enquanto o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 40,20 a saca.
Além das especulações em relação à safra e o clima no Brasil, os investidores também estão atentos ao comportamento do dólar. Ainda hoje, a moeda norte-americana recuou 0,83%, cotada a R$ 3,5191 na venda. Em duas sessões, o câmbio já caiu 1,43%. Conforme dados da agência Reuters, não houve intervenções no mercado de câmbio por parte do Banco Central e os investidores ainda aguardam a decisão do Federal Reserve.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega setembro/16 permaneceu estável em R$ 35,00 nesta terça-feira (26). Em São João da Boa Vista (SP), o ganho ficou em 9,53%, com a saca a R$ 44,94, já em Jaboticabal (SP), a valorização foi de 6,82%, com a saca a R$ 45,91. Outra praça paulista que também registrou alta hoje foi Itapeva (SP), onde a cotação subiu 6,67% e fechou o dia a R$ 46,89. Em Itapetininga (SP), o dia também foi positivo, com alta de 4,56% e preço de R$ 44,94. O mesmo valor foi registrado em Avaré (SP), com ganho de 2,23%.
As praças paranaenses, Ubiratã, Londrina e Cascavel, também subiram, cerca de 1,32%, com a saca a R$ 38,50. Na região de Panambi (RS), o ganho ficou em 1,17%, com a saca a R$ 41,52. No Oeste da Bahia, o valor chegou a R$ 41,00, com alta de 1,23%. Apenas em Sorriso (MT), o valor caiu 5,88%, com a saca a R$ 32,00. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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