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META PARA INFLAÇÃO

O presidente Michel Temer voltou a comemorar o recuo do inflação e disse nesta quarta-feira que o trabalho agora é colocá-la no centro da meta, de 4,5 por cento, além de prever que o país caminha para uma taxa básica de juros de um dígito, depois da decisão do Banco Central na véspera.

- É interessante, embora tenhamos apenas, convenhamos, sete ou oito meses de governo, os senhores vejam que a inflação, que é algo que atormenta a vida das famílias, caiu de 10,70 para 6,29 (por cento) – disse Temer, referindo-se ao recuo da inflação de 2015, quando foi de 10,67 por cento, para 2016, cujo 6,29 por cento foi anunciado pelo IBGE na manhã de quarta-feira.

Economistas avaliam que parte do recuo dos preços no período, no entanto, se deveu à forte recessão que atingiu a economia brasileira nesses dois anos.

- Os senhores sabem que a inflação calculada como razoável pelos governos é aquela de zero a 6,5, e o centro da meta 4,5. Nesse curto período, nós ficamos abaixo do teto da meta e o trabalho agora é que neste ano nós estejamos no centro da meta. Ou seja, 4,5 por cento – acrescentou.

Embora o presidente tenha falado de inflação “razoável” entre zero e 6,5 por cento, a margem de tolerância para a meta de 4,5 por cento no ano passado era de 2 pontos percentuais, para mais e para menos. Neste ano, a tolerância foi reduzida a 1,5 ponto percentual.

Temer aproveitou a decisão do Comitê de Política Monetária do BC na noite de quarta-feira, de cortar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, a 13 por cento ao ano, para voltar a fazer prognósticos sobre os juros, como tem feito nos últimos dias, ainda que ressaltando não pretender interferir na área.

- Juros muito altos revelam desestímulo para quem quer investir – disse. – Pois muito bem, nesse breve período, primeiro foi 0,50 e ontem foi 0,75 – disse o presidente, referindo-se primeiro aos dois cortes anteriores de 0,25 ponto percentual.

- E nós vamos, nessa toada, digamos assim, não que eu queira dar palpite na área financeira, mas vamos nessa toada, pouco a pouco, sair dos dois dígitos para um dígito só em matéria de juros da economia brasileira – concluiu.

Alguns economista já veem a taxa Selic abaixo de 10 por cento no final de deste ano.

Os comentários do presidente foram feitos em discurso na inauguração de uma escola municipal com o nome de seu irmão Fued Temer em Praia Grande (SP).

Fonte: Reuters

 



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