Mesmo com uma quebra importante da safra de feijão no Paraná, entre 20% e 30% segundo relato de alguns produtores, o preço do grão está estável e não há perspectivas de reajuste, disse o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe),Marcelo Eduardo Lüders.
De acordo com ele, isso ocorre porque há estoque da safra antiga em outras regiões do país em volume necessário para atender a demanda do Sudeste, região normalmente abastecida pela segunda safra paranaense. “Além de termos feijões da safra passada em grande quantidade em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, produtores da região do Vale do Araguaia (GO) devem colher grãos novos em 30 dias”, afirmou.
“A janela de entressafra está cada vez menor, com a incidência cada vez maior de pivôs de irrigação e novas regiões de cultivo”. As cidades nordestinas, que atendem aos próprios mercados locais, também tem boas perspectivas e colheita nesta segunda safra de feijão.
Nesta semana, a saca de 60 quilos de feijão carioca é negociada entre R$ 90 e R$ 95, mas esteve em R$ 100 em média na semana passada. “Com a demanda estável e diante da perspectiva de atendimento do mercado por produtos antigos, a alternativa do produtor para melhorar os preços seria a exportação. Mas apenas o Brasil consome a variedade carioca”, lamentou Lüders.
A pauta do Ibrafe nos últimos anos é pela diversidade dos grãos semeados no país. “Quem tem feijão vermelho, rajado, preto ou caupi está encontrando alternativa para o preço baixo. Mas aquele produtor que só tem carioca depende da interferência do governo ou das intempéries do clima”, afirmou.
Fonte: Valor Econômico.
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