A agricultura brasileira tenta ultrapassar pela primeira vez a marca de 7 milhões de toneladas de trigo, mas o ano é de retração no consumo interno de derivados como pães, massas e biscoitos. O quadro não afeta em cheio o preço do produto no campo porque o país depende de importações, de acordo com os dados oficiais.
Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que as importações estão mais lentas.
- As importações mantêm-se em cadência lenta, totalizando 3,35 milhões de toneladas entre janeiro e agosto, enquanto que nesse mesmo período de 2014 foram 4,18 milhões de toneladas, ou seja, 828,5 mil toneladas a menos, refletindo a queda da moagem da indústria brasileira, devido ao menor consumo da indústria e da população – aponta o documento da estatal.
O consumo caminhava para 12 milhões nos últimos anos mas deve ficar em 11 milhões de toneladas em 2015, aponta a Conab.
- O desempenho da indústria moageira poderá ser menor, em função do baixo consumo e do aumento das importações de farinha de trigo da Argentina – acrescenta a companhia.
2 milhões de toneladas
de trigo a menos devem importadas pelo Brasil no próximo ano, diante de colheita 1 milhão de t maior e consumo 1 milhão de t menor que o estimado nos últimos anos. Mesmo assim, abastecimento requer compras equivalentes a 4 milhões de t do cereal no exterior.
Fonte: Gazeta do Povo