O Brasil poderá exportar carne suína in natura para a Coreia do Sul. Em nota, o Ministério da Agricultura informou que depois de mais de dez anos de negociação o governo coreano decidiu autorizar a importação de carne suína produzida em Santa Catarina. Segundo o ministério, o potencial de exportação é de US$ 108 milhões, ou o equivalente a 33 mil toneladas do produto.
Em carta à ministra Kátia Abreu, o embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Lee Jeong Gwan, disse que a sinalização para o comércio bilateral de carne suína in natura foi dada pelo Ministério da Agricultura, Alimentos e Assuntos Rurais daquele país.
Os procedimentos preliminares para abertura dos embarques foram feitos em atendimento a respostas encaminhadas pelo governo brasileiro e em visitas técnicas a estabelecimentos em Santa Catarina.
- Os dois países esperam concluir ainda este ano todas as formalidades da negociação para permitir as primeiras exportações – diz o ministério da nota.
As próximas etapas a serem cumpridas entre os dois países são a apresentação de requisitos sanitários exigidos pelas autoridades sul-coreanas, a elaboração do certificado sanitário internacional e a habilitação das plantas exportadoras. Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, a carne suína de Santa Catarina foi escolhida pelas autoridades sanitárias sul-coreanas porque esse é o único Estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação, status reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou a possibilidade de o Brasil exportar carne suína para a Coreia do Sul, quarto maior importador do produto.
- Realizamos três missões e incontáveis contatos com as autoridades sanitárias do governo sul-coreano, buscando destravar processos que envolviam a habilitação. O acordo é uma vitória para os exportadores de carne suína – disse em nota Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
- Há grande potencial de negócios para os exportadores brasileiros no mercado sul-coreano, que já aumentou significativamente os negócios com outros setores da proteína animal do Brasil, como a carne de frango. Esperamos, com isso, ampliar os volumes embarcados para a Ásia, diminuindo a dependência das exportações para o Leste Europeu – completa Turra. Conforme a ABPA, as demais fases para a efetivação dos embarques deverão ocorrer “em breve”.
Fonte: Globo Rural