O desafio de aumentar a produção e o consumo de queijos foi um dos temas abordados pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq), Fábio Scarcelli, nesta sexta-feira (26/5), durante a Fenasul 2017. A convite do Conseleite, o dirigente palestrou na casa da Farsul, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A meta da entidade é, até 2020, chegar a um consumo de 7,5 quilos per capita. Para 2030, o objetivo é atingir a marca de 9,6 quilos de queijo por habitante/ano. Atualmente, a média brasileira é 5,4 quilos por pessoa. Na Argentina e Uruguai, o consumo é de 11 quilos per capita.
“A perspectiva é que o consumo vai continuar crescendo no médio prazo no País”, projeta Scarcelli, lembrando que, em 2009, cada brasileiro consumia, em média, 2,17 quilos. Um dos entraves a ser superado, explica o dirigente, é ampliar a oferta de queijos nacionais no mercado. Para estimular a produção de novos rótulos e fomentar o consumo, alerta, é preciso antes buscar maior produção de matéria-prima. “O caminho é tentar inovar e fazer parcerias mais fortes com os produtores”, indica Scarcelli. Atualmente, 35% da produção de leite do Brasil é destinada à fabricação de queijo. No Rio Grande do Sul, a fatia é de 25% da matéria-prima captada.
O caminho de estímulo à produção de queijos já vem sendo trilhado pelas indústrias gaúchas. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, diversas empresas estão ampliando o mix de produtos e ofertando ao mercado queijos diferenciados. “Temos em produção no Rio Grande do Sul queijos de excelente qualidade, que não deixam em nada a desejar aos rótulos mais valorizados do mundo”.
Fonte: SindiLat