Comparativamente ao mesmo período de 2016, de janeiro a setembro de 2017 apenas dois novos participantes passaram a integrar o quadro dos 10 principais importadores de carne de frango dos EUA: Cazaquistão e África do Sul – no ano passado ocupantes da 12ª e 21ª posições e agora 9º e 10º lugares, respectivamente.
Em conjunto com os outros oito principais importadores eles propiciaram um aumento de 5,73% nas aquisições do grupo e, assim, neutralizaram a queda de 4,51% observada entre os demais 130 países atendidos no período, assegurando incremento de 1,38% nas exportações norte-americanas de carne de frango do período.
Levando em conta que nesses mesmos nove meses as exportações brasileiras de carne de frango recuaram 2,37% (como efeito – aponta-se – da Operação Carne Fraca), ficou uma indagação: o espaço perdido pelo Brasil foi ocupado pelos EUA?
Não – é a resposta – até pelo contrário. Algo que está explícito na tabela abaixo, na qual se avalia a representatividade dos 10 principais importadores de carne do frango dos EUA nas exportações brasileiras do produto.
Embora o Brasil só atenda sete desses dez importadores (até setembro não havia efetuado nenhuma exportação para Taiwan, Guatemala e Cazaquistão), nenhum deles reduziu suas compras em nosso País. E enquanto as vendas dos EUA para esses sete países aumentaram perto de 8,5%, as brasileiras registraram aumento de 25,53%.
Não só isso: entre os sete, três (México, Canadá e Hong Kong) reduziram as importações dos EUA. Em consequência, o resultado positivo obtido só se concretizou graças ao excepcional aumento de fornecimento aos dois países africanos do grupo – Angola, cujas importações quase dobraram, aumentando 91,12%; e, sobretudo, África do Sul, mercado que os EUA conseguiram reabrir plenamente em 2017 e que, até setembro, registrou aumento de 183,54% nas importações de carne de frango.
Vale registrar que, nesses nove meses, a África do Sul tornou-se o quarto principal receptor da carne de frango brasileira, sua importações aumentando quase 50% nesse período. Ressalve-se, de toda forma, que essa colocação refere-se apenas ao volume importado, porquanto em termos de receita cambial as compras sul-africanas ocuparam o oitavo posto.
Fonte: Avisite