Dados da CONAB sugerem que a primeira metade da presente década foi encerrada sem que houvesse um aumento real efetivo na oferta interna das três principais carnes produzidas no Brasil – bovina, suína e de frango.
Não que tenha ocorrido redução. Mas o volume ofertado internamente cresceu de forma “vegetativa”, ou seja, apenas acompanhou, sem grandes variações, o crescimento populacional brasileiro. Assim, para um incremento de 4,58% na população, a disponibilidade interna aumentou 4,93% – 0,35 ponto percentual a mais.
Também não houve redução na produção que, pelo contrário, teve aumento significativo: +6%. E como a oferta interna permaneceu estável, isto quer dizer que a maior expansão se concentrou nas exportações que, efetivamente, aumentaram mais de 10% nessa meia década.
Destaque, em todos os quesitos, para a carne de frango. Que registrou incrementos de 6,67% na produção e participação de quase 51% no total nacional; de 7,21% na exportação e 61% do total nacional; de 6,42% na oferta interna e 47% do total nacional; e, por fim, aumento de 1,76% no consumo per capita e participação, também, de 47% no total de carnes consumidas pelos brasileiros.
Notar, pela tabela abaixo, que no período analisado o consumo per capita total das três carnes pelos brasileiros aumentou (números arredondados) não mais que 300 gramas. Porém, o aumento no consumo das carnes suína e de frango foi de 1.600 gramas, metade para cada uma delas.
Quem quase coloca tudo a perder foi a carne bovina, cujo consumo recuou mais de 1.200 gramas.
Fonte: Avisite