Técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e entidades do setor apresentaram à ministra Kátia Abreu, o Projeto de Melhoria da Competitividade do Setor Lácteo Brasileiro. Segundo a ministra, as ações estão de acordo com o esforço de ampliar a classe média rural e serão importantes para conquistar mercados internacionais.
Foram sugeridas ao Mapa linhas de crédito específicas para que produtores e indústria modernizem o trabalho e avancem na sanidade animal, na qualidade e no controle de custos. Outro ponto forte é o investimento em assistência técnica, que deve beneficiar 80 mil produtores em um período de quatro anos.
Para melhorar a qualidade do leite produzido nos estados beneficiados, foram estipuladas metas como reestruturar o Programa Nacional de Qualidade do Leite, criar o Sistema Nacional de Monitoramento Espacial e Temporal para Melhoria da Qualidade e Competitividade do Leite, aprimorar o Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal e a Plataforma de Gestão Agropecuária e fortalecer a Rede de Laboratórios.
Por fim, o projeto deve contribuir para a revisão do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal. A principal proposta é a alteração e divisão dos estados em classes e níveis de controle. As classes serão determinadas pelas prevalências estimadas por estudos padronizados e realizados pelos serviços veterinários oficiais. Para os próximos dois anos, a previsão é de que no mínimo 80% das bezerras sejam vacinadas contra brucelose.
Presente no encontro, o presidente da Comissão do Leite da FARSUL, Jorge Rodrigues, está otimista quanto à execução das diretrizes.
- O projeto está alinhado com o trabalho que fazemos na FARSUL, no Conseleite e no Fundesa. Ele toca em pontos cruciais para o real desenvolvimento do setor, como a revisão dos índices de qualidade e a questão da brucelose e tuberculose. Vamos aguardar se haverá recursos para a cobertura das metas – afirma Rodrigues.
O projeto apresentado em Brasília foi criado após dois meses de discussões entre Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário, Secretaria de Defesa Animal, Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Embrapa Gado e Leite (Juiz de Fora) e Associação Viva Lácteos. O Rio Grande do Sul, junto aos estados de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás, são prioridades do projeto, por serem os maiores produtores de leite do país.
Fonte: Canal do Produtor