agricultor-aleatorio-webbb

MELHORIA DA CADEIA PRODUTIVA DE LEITE

Com o objetivo de buscar soluções para os problemas e os desafios enfrentados nos últimos meses pelos elos que compõem a cadeia produtiva do leite, principalmente os produtores rurais, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg) realizou nesta quinta-feira (20), em Goiânia, uma Assembleia Geral dos Produtores de Leite, durante o 1º Encontro Estadual de Empreendedores de Leite. A intenção foi discutir e definir medidas, ações e estratégias para buscar a melhoria da cadeia produtiva, dos preços pagos pela produção e a harmonização entre produtores e indústria.

Com a presença de mais de 1,2 mil produtores de várias regiões do estado e representantes de associações e cooperativas, foram aprovados pontos que serão levados para indústrias, governo federal e demais instituições representativas. O primeiro deles é o pedido de revogação da Instrução Normativa (IN) 26, de 21 de julho de 2016, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A medida autorizou, pelo período de um ano, as indústrias de laticínios a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT) e leite pasteurizado. O pedido de revogação será feito e caso não seja atendido no período de 10 dias – a contar da data do encontro.

- Se for preciso, vamos mobilizar todos produtores para irem até o Ministério da Agricultura, em Brasília – enfatizou o presidente da Faeg, José Mário Schreiner. 

O segundo ponto aprovado foi a criação, em um prazo de até 60 dias, do Conselho Paritário entre Produtores e Indústrias do Leite (Conseleite). Dessa forma, segundo Schreiner, o setor terá informações de qual é o custo de produção na atividade leiteira, tanto de produtores quanto de indústrias, além de parâmetros considerados pelo mercado para estabelecer o valor final do leite a ser pago ao produtor.

- Estes números poderão ser validados pela universidade – reforça.

Caso não seja atendido a criação do Conseleite, a posição dos produtores de leite é de que a Faeg solicite a retirada de incentivos fiscais das empresas que não concordarem com a criação do Conseleite.

- É uma iniciativa bastante ousada, mas que precisamos colocar em prática para garantir a competitividade do setor. Até porque todos querem sobreviver – afirmou José Mário. 

Favoráveis

O presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais de Mossâmedes (Copram), Natalício Santome – que há 40 anos trabalha com pecuária de leite -, acredita que as medidas serão positivas para o setor.

- Antes estava sofrendo pressão com a economia por causa do preço do leite. Mas não é só o preço que prejudica. Tem também a questão do clima – destacou.

Diante das discussões e propostas, Santome acredita em avanços para a cadeia produtiva e uma variação melhor em relação ao valor pago ao produtor.

Já o presidente do Sindicato Rural (SR) de Caçu, Adelmo Barbosa de Freitas, espera que a mobilização garanta estabilidade para o setor leiteiro. Apesar de considerar o acordo proposto positivo, o produtor acredita que a situação requer uma ação mais enérgica para a conquista de seus pleitos.

- Enquanto o governo brasileiro quer combater o alto preço com importação, a solução é combater o alto preço com incentivo à produção – disse.

A produtora de Americano do Brasil, Alessandra Monteiro, que há quatro anos atua na cadeia do leite, elogia a luta da Faeg e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) em buscar melhorias para quem atua no setor em Goiás.

- Vislumbro uma luz no fim do túnel, um novo olhar de alguém que acredita no setor – destacou. 

Fonte: Faeg



avatar

Envie suas sugestões de reportagens, fotos e vídeos de sua região. Aqui o produtor faz parte da notícia e sua experiência prática é compartilhada.


Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.