Essa venda antecipada representa cerca de 51,5% das 7,3 milhões de toneladas que os sojicultores sul-mato-grossenses devem produzir no ciclo 2015/2016, segundo circular do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga), da Associação dos Produtores de soja local (Aprosoja/MS).
De acordo com o Siga, esse percentual já negociado representa um incremento de 21,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período da temporada passada. A principal explicação para esse grande volume de comercialização antecipada, conforme a circular, é a alta do dólar. Em relação a fevereiro do ano passado a moeda norte-americana acumula uma alta de 42%.
“Considerando o patamar de baixa nas cotações internacionais o produtor viu na comercialização antecipada uma forma de garantir rentabilidade e recursos para o custeio”, destaca a análise do Siga.
Em relação a colheita, a mesma circular destaca que até o dia 19 de fevereiro, 42% da área cultivada com a oleaginosa em Mato Grosso do Sul já havia sido colhida. O trabalho segue mais acelerado no sudeste e sudoeste, com média de 48,3% e mais devagar no centro e norte, com 20,9%.
O município com o trabalho mais avançado é Aral Moreira, com aproximadamente 75% da área colhida.
Segundo a circular, a colheita está atrasada em todas as regiões do estado quando comparada ao andamento das últimas três safras. O retardo foi provocado pelas condições climáticas desfavoráveis que afetaram todo ciclo produtivo.
Primeiro a estiagem em outubro de 2015, época da semeadura, que forçou muitos produtores a aguardarem a chuva e a melhoria da umidade do solo para o plantio.
Depois foi o excesso de chuva, entre dezembro e janeiro, o que alagou muitas áreas, provocando, inclusive, algumas perdas, além de favorecer o desenvolvimento de doenças nas lavouras.
O grande volume de chuvas, além disso, também afetou a infraestrutura logística, as estadas e pontes, utilizadas pelos produtores para chegar até as lavouras, o que dificultou o manejo adequado das áreas cultivadas e retardou o início da colheita, além de estar afetando neste momento, o escoamento da produção nas áreas onde o trabalho já foi realizado.
Fonte: Globo Rural
Fonte: Canal do Produtor