O aumento dos custos de produção e as margens mais apertadas para o produtor de soja exigirão maior cautela com as negociações e atenção às oportunidades nesta temporada.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo médio de produção de soja no estado (custo operacional) foi estimado em R$3.000,98 por hectare em 2015/2016, um aumento de 37,1% em relação aos R$2.188,44 por hectare no ciclo passado.
Os preços da soja grão subiram 6,7% neste período, sendo a valorização do dólar o principal fator de alta do grão no mercado brasileiro.
Do lado da oferta, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a produção norte-americana em 108,35 milhões de toneladas de soja em 2015/2016, um recorde. Na comparação com a safra passada, a produção deverá ser 1,4% maior em 2015/2016.
Na Argentina, o USDA prevê que sejam colhidas 57,00 milhões de toneladas de soja, frente as 61,40 milhões de toneladas na safra passada.
No Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área com soja deverá crescer 3,4% em 2015/2016, em relação à safra passada, totalizando 33,18 milhões de hectares. A produção está estimada em 102,46 milhões de toneladas na safra atual, um recorde.
Com relação aos estoques mundiais em 2015/2016, estão previstas 82,58 milhões de toneladas de soja, frente as 77,66 milhões de toneladas na temporada passada.
Os estoques mundiais mais confortáveis devem continuar pressionando as cotações, em dólares, no mercado internacional.
Para o mercado interno, o câmbio é a principal aposta para manutenção dos patamares de preços da soja, em real.
Outro ponto que pode dar firmeza ao mercado, aí neste caso tanto interno como o mundial, é uma possível redução da produção brasileira, em função da falta de chuva em algumas áreas no Centro-Oeste. Em alguns casos foi necessário replantar a soja, mas a estiagem ainda preocupa.
Para o algodão as expectativas são de queda na área plantada no país, com grande peso da opção pelo plantio de soja na Bahia, segundo maior produtor de algodão do país.
A estimativa é de 960,6 mil hectares plantados em 2015/2016, uma redução de 1,6% na comparação com 2014/2015.
A produção brasileira de pluma de algodão deve cair 3,8%, totalizando 1,50 milhão de toneladas.
É o segundo ano de queda na oferta de pluma e caroço de algodão, o que deve dar sustentação aos preços no mercado interno em 2016. É esperada também boa movimentação para exportação de pluma, com o câmbio contribuindo.
Fonte: SCOT Consultoria
Redação
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