O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, disse nesta sexta-feira que um total de 15 frigoríficos foram alvo de fiscalização na véspera, como parte de um novo protocolo de inspeções sobre o setor coordenado diretamente pela pasta em Brasília.
A nova política de inspeções surpresa é parte dos esforços do governo para assegurar que os frigoríficos do país estejam cumprindo normas de qualidade e segurança alimentar depois do escândalo gerado pelas operações da Polícia Federal Carne Fraca e Trapaça.
A fiscalização da véspera foi feita em instalações da BRF e de outras empresas, disse Novacki, sem citar nomes.
“A partir de agora será rotina inspeções de auditoria, coordenadas diretamente pelo departamento em Brasília, em datas inopinadas e em todo Brasil”, disse Novacki. “Essa auditoria faz parte da nossa estratégia de avaliar o funcionamento das plantas, a padronização de procedimentos e a segurança sanitária. E todos estarão sujeitos a inspeções assim”.
A BRF, maior exportadora de carne de frango do mundo, confirmou na véspera que algumas de suas fábricas foram alvo da fiscalização. A empresa não citou número de unidades, mas uma fonte comentou que pelo menos seis fábricas foram inspecionadas.
Uma fonte da indústria afirmou que frigoríficos, incluindo a JBS, têm sido alvo das fiscalizações surpresa mesmo antes de quinta-feira. A fonte afirmou que as inspeções se tornaram mais frequentes depois do escândalo da Carne Fraca.
A JBS não comentou o assunto.
O secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, afirmou que as inspeções diferiram de operações normais “por serem um desdobramento do relatório da Polícia Federal. Foi uma operação estratégica e não surpresa, coordenada na sequência das operações da PF. A inspeção envolveu a produção de frango para verificar a presença de Salmonella”.
Fonte: Reuters