Produtores de cebola de Santa Catarina reuniram-se novamente essa semana para manifestar as reivindicações da categoria ao Governo Federal e Agências do Banco do Brasil. Cerca de três mil produtores de Ituporanga e da região do Alto Vale do Itajaí concentraram-se no centro do município.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Ituporanga, Arny Mohr, já alcançou-se êxito com a análise da inclusão da cebola na lista de produtos taxados para importação pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX).
- Se for aprovada na lista a cebola importada terá uma taxação de 35% e isso será positivo para o mercado interno que terá valorização da cebola produzida no Brasil – destaca.
Com isso ocorrerá uma redução na desleal concorrência instalada no País com a importação do produto da Holanda.
- Tivemos uma super safra em 2017 com 580 mil toneladas em uma área cultivada de 21 mil hectares, isso fez com que os preços praticados no mercado caíssem chegando a R$ 0,50, quando o custo de produção é de R$ 0,70 – observa o presidente.
A principal preocupação dos produtores de cebola ainda são os financiamentos de crédito rural da safra 2016/2017.
- Queremos a prorrogação desses prazos sem perder o direito de nova operação de crédito na próxima safra. Os Bancos já aceitaram analisar essas negociações, mas ainda não tivemos nenhuma posição concreta – explica Mohr.
Nos dias 26, 27 e 28 de abril, líderes do setor em Santa Catarina participarão do Seminário Nacional da Cebola, quando será elevada a reivindicação na esfera nacional com a presença de produtores de cebola de todo o País.
- Será mais um momento para demonstrarmos a qualidade do produto brasileiro – finaliza o presidente.
As manifestações tiveram apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaesc) e da Associação de Produtores de Cebola de Santa Catarina (Aprocesc).
Fonte: MB Comunicação