Para produzir um móvel de qualidade e com uso múltiplos é necessário um bom manejo florestal e a escolha adequada da espécie madeireira. E por ser uma atividade em expansão, o setor moveleiro investe em abertura de novos mercados e novas técnicas que vão desde a produção da madeira, até a fabricação final do móvel. Esses e outros temas foram debatidos no 6º Congresso Nacional Moveleiro, que aconteceu entre os dias 16 e 17 de Setembro, em Curitiba, Paraná. O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), reuniu palestrantes, especialistas do setor e representantes da indústria mobiliária.
A indústria moveleira tem se preocupado em desenvolver novos móveis com uso múltiplos para expandir o mercado e facilitar a vida do consumidor.
- Os móveis são produzidos com novas funções, como berços que viram cadeiras para alimentação infantil e camas com dispositivos de tomadas para carregar o celular e o computador. E isso depende do bom manejo florestal e a seleção correta da espécie da madeira que influencia na qualidade e resistência do produto final – explica a assessora técnica da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA, Camila Braga.
Os móveis com uso múltiplos, também chamados de “design for all” são produzidos para auxiliar e atender também o público idoso, escolar ou pessoas com alguma restrição de mobilidade. Segundo a assessora técnica, os critérios para escolher as madeiras para esses produtos vão desde a cor e textura, até a resistência e peso.
- Os móveis são produzidos conforme a exigência e necessidade do mercado. É uma atividade em expansão e pode até colaborar para a geração de empregos – explica.
Outro assunto discutido no congresso foi a participação do setor no comércio internacional.
- É um setor que ainda precisa de mudanças e novas tecnologias de produção. Mas com investimento em tecnologia, em secagem de madeira e capacitação de novos designers, a atividade moveleira pode evoluir e ampliar a participação no mercado mundial – finaliza Camila Braga.
O Brasil hoje é o maior produtor mundial de madeira, com produtividade de 40 metros cúbicos/hectare/ano, bem à frente do Chile, segundo colocado (15m3/hectare/ano). O país também se destaca na engenharia genética no setor florestal, o que pode ampliar ainda mais a produtividade.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA
