Os produtores que já controlaram as plantas daninhas e fizeram a semeadura de soja precisam agora investir no monitoramento da lavoura, alerta o pesquisador Fernando Adegas, da Embrapa Soja. O monitoramento consiste em identificar o aparecimento de plantas daninhas, as espécies que estão infestando a lavoura, a quantidade de plantas daninhas presentes na área e o estágio de desenvolvimento das plantas.
A partir do diagnóstico realizado na lavoura, ou seja, da identificação das espécies, da quantidade de infestação ou até mesmo se houver plantas grandes que sobraram da dessecação, o produtor deve montar seu plano de controle.
O pesquisador explica que as plantas daninhas têm efeitos diretos na soja como a competição por luz, água e nutrientes, que interferem na produtividade. Também existem os efeitos indiretos como aumento no custo de produção pelo investimento em herbicidas, dificuldade na colheita e até depreciação dos grãos.
- O importante é não deixar o mato competir com a soja para não perder em produtividade – alerta Adegas.
Se muitos produtores já fizeram a semeadura de soja, ainda há produtores que estão se preparando para o plantio. Segundo Adegas, há aqueles produtores que já identificaram plantas daninhas altas na sua propriedade, mas ainda não conseguiram fazer nenhum controle com herbicidas.
- Os produtores que estão nessa situação precisam iniciar urgentemente o controle de plantas daninhas para não terem problemas durante a semeadura – diz o pesquisador.
Na avaliação do pesquisador, em uma segunda situação estão os produtores que já fizeram o controle de plantas daninhas com uma aplicação de herbicidas, mas ainda precisam complementar a dessecação, porque as plantas daninhas não foram totalmente controladas.
- Só depois que houver o controle dessas plantas daninhas é o que o produtor pode entrar na área para fazer a semeadura de soja – explica Adegas.
E em uma terceira situação estão os produtores que já aplicaram duas vezes os herbicidas para controlar o mato e que conseguiram deixá-la pronta para o início da semeadura.
- Depois disso, é manter o monitoramento constante – enfatiza.
Fonte: Embrapa Soja