Não são apenas os problemas de conjuntura atuais que desafiam a competitividade do agronegócio. Nas últimas décadas, o Brasil se acostumou a praticar um agronegócio de recordes. Técnicas, capacitações e equipamentos cada vez mais modernos nas propriedades despejam uma enxurrada de produtos que invadem o mercado internacional e sustentam a economia do país. Esse fenômeno, porém, pressiona um setor que costuma ser lembrado por estar do lado oposto, a logística, que corre para suprir o atraso. O Paraná, apesar de estar em uma situação mais confortável nesse aspecto do que outros Estados, também tem seus gargalos. Quem se dedica ao tema sinaliza que para estar pronto para a safra 2028/29, o Paraná precisa se inspirar no sucesso dos produtores rurais e comer muito feijão para crescer a ponto de atender a demanda que virá pela frente.
O consultor para a área de infraestrutura do Sistema FAEP/SENAR-PR, Nilson Hanke Camargo, lembra que as rodovias estão no centro das atenções em um primeiro momento, já que 82% das cargas que chegam ao Porto de Paranaguá vão via terrestre. “Temos rodovias completamente saturadas. Em qualquer trecho que se ande hoje é possível perceber isso”, destaca. “Já passou da hora de termos pelo menos o anel central (veja o mapa na página 10) todo duplicado. Essa é a nossa primeira prioridade para conseguirmos suprir o aumento da demanda logística da próxima década”, ressalta.
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Fonte: Sistema FAEP