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JANEIRO TEM FORTE QUEDA NAS EXPORTAÇÕES DE CAFÉ EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR

Nos 12 meses entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2016 o total exportado pelo Brasil foi de 36.589.826 sacas. O número foi divulgado nesta sexta-feira (12/2) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que considerou o País manteve o bom desempenho no período.
Contudo, no mês de janeiro de 2016 foram registradas 2,7 milhões de sacas, equivalendo à queda de 13,4% em relação a janeiro de 2015. “Isso já era esperado, pois as condições climáticas desfavoráveis interferiram na produção, afetando diretamente as exportações neste segundo semestre do ano-cafeeiro 2015/2016”, afirma Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
O pior desempenho entre as espécies foi o do conilon, com embarques 79% menores neste ano. Já o arábica teve menos 4,4% exportações neste janeiro. “A expectativa, contudo, é muito otimista. O Brasil já representa quase 40% do consumo mundial de café (seja externo ou suprindo a demanda interna)”, complementa Carvalhaes.
As exportações específicas de café conilon do Espírito Santo, maior estado produtor da espécie, em 2015 chegaram a um volume recorde, com 4,02 milhões de sacas de 60 kg. Em entrevista exclusiva ao CaféPoint, o presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), Jorge Luiz Nicchio, explicou que o movimento de vendas externas e consumo interno resultou na baixa na quantidade de café armazenado no Estado agora. “Saímos de 2015 com baixa produção e em 2016 também temos baixa expectativa. Só que ano passado o estoque remanescente era bem maior do que este. Então teremos pouca produção e estoque. Sem dúvida nenhuma, o movimento de exportação vai cair”, pontuou Nicchio.
Ainda assim, para as exportações globais, o Cecafé espera que a partir do início do próximo ano-safra (em julho) a tendência seja de retomada intensa das exportações. “Temos estoques baixos no Brasil, pois tudo que é produzido é vendido. A demanda é crescente e ao longo da próxima década o país precisará produzir cerca de 12 milhões de sacas a mais, pois sabemos que além do consumo estar em uma curva ascendente, nossa fatia de participação também dá sinais de crescimento, com a média anual de 2,4% do consumo global a mais só nos últimos quatro anos”, acrescenta.
Preços
As commodities em geral estão enfrentando um declínio nos preços e o café segue essa tendência, pontuou o relatório do Cecafé. O preço médio em janeiro fechou em US$ 148,16 a saca. O dado indica queda de 25,5% em relação ao mesmo mês de 2015.
A receita cambial teve baixa mais expressiva, 34% menor, fechando em US$ 401 milhões, sendo a média mensal dos últimos 12 meses de US$ 495 milhões.
Fonte: Café Point

Fonte: Canal do Produtor



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