A multinacional Brandt, que atua em segmentos como fertilizantes foliares, planeja uma expansão de suas estruturas no Brasil. Executivos afirmam ter acordos de confidencialidade com pelo menos três empresas para avaliar possíveis aquisições, além de considerar a compra de terrenos para a construção de nova fábrica no país.
Chaga não detalhou com quem a Brandt está negociando ou onde estão localizadas as possíveis aquisições. Sobre uma eventual fábrica própria, a ideia é construir na região de Londrina (PR), onde está sediada a divisão brasileira. A unidade industrial fica no município de Olímpia (SP).
Diferente da estratégia que vem sendo adotada por outras empresas e por fundos de investimento, a Brandt não pretende diversificar aquisições para outros segmentos. Significa dizer, por exemplo, que a compra de uma revenda, para atuar também na distribuição, está descartada.
O que está em avaliação é a montagem de uma filial ou um centro de distribuição em Mato Grosso, maior produtor de soja e milho do Brasil. No Estado, é mais conveniente ter esse tipo de estrutura do que uma fábrica. A distância dos portos pode pressionar os custos ao encarecer a logística da matéria-prima para o fertilizante, importada.
Chegada no Brasil
Sediada globalmente no município de Springfield, em Illinois (EUA), a Brandt chegou ao Brasil em 2015, com a compra da Target, em Londrina (PR). O portfólio para o mercado brasileiro soma pelo menos 40 produtos.
As culturas de maior atuação são as de soja, milho, feijão e café, onde a empresa considera que ainda há espaço para crescer. Mas está nos planos expandir o catálogo no Brasil para áreas como cana, frutas, hortaliças e arroz irrigado.
- O mercado está aquecido, mas queremos manter o foco no nosso negócio – resume Chaga. – A ampliação do portfólio dependerá da nossa penetração nos mercados – acrescenta.
Para este ano, a expectativa é ampliar os negócios entre 50% e 60% no Brasil. O diretor presidente da empresa não informa o faturamento de 2016. Diz apenas que, como a base de comparação ainda é pequena, é possível pensar em aumentos expressivos na receita anual.
Wladimir Chaga espera que o produtor rural aumente o uso de tecnologia na safra 2017/2018.
- A genética da soja está mais produtiva. Não faz sentido não usar mais tecnologia, mesmo com os preços menos atrativos – avalia, usando como exemplo a principal cultura para a companhia.
Ele não ignora fatores como restrição ao crédito e o relativo atraso nas compras de insumos pelos agricultores. Mesmo assim, não enxerga um cenário de redução da área plantada no país na safra 2017/2018.
Fonte: Globo Rural