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INTEGRAÇÃO PARA MELHORAR A PRODUÇÃO

Produzir mais alimentos, fibras e ainda realizar serviços ambientais. O sistema integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) é uma das poucas tecnologias que possibilitam conciliar essas duas demandas do mundo. A adoção desse método nas diferentes regiões do país foi tema, na última semana, de uma mesa redonda. O evento, realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ocorreu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e contou também, com uma troca de experiências entre jornalistas, que lidam diariamente com a cobertura do agronegócio e agropecuária em Goiás.

Segundo o superintende do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (SENAR/Goiás), Eurípedes Bassamurfo, que na ocasião, representou o presidente da FAEG, José Mário Schrainer, o agronegócio no Brasil, caminha cada vez mais para uma produção sustentável.

- O produtor rural, tem que ter em mente, que o melhoramento e o avanço da produtividade nos próximos anos, serão por meio da preservação ambiental. Hoje é possível aumentar a área sem derrubar nenhuma árvore, tudo por meio do iLPF – salientou Bassamurfo.

Para os próximos dez anos, segundo o pesquisador da Embrapa, Flávio Wruck, que na ocasião apresentou aos presentes os métodos do ILPF, o cenário para os sistemas integrados no Brasil será de 10 milhões de hectares de áreas de pastagens degradadas. Com Integração Lavoura-Pecuária, Integração Lavoura-Floresta, Integração Pecuária-Floresta e iLPF, o aumento poderá ser cerca de 45 milhões de toneladas na produção de grãos.

- O crescimento anual poderá ser de 1,5% a 2% na produção de grãos e carne – destacou Wruck.

De acordo com Wruck, o iLPF promove a recuperação de áreas de pastagens degradadas agregando, na mesma propriedade, diferentes sistemas produtivos, como os de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia.

- Além disso, busca melhorar a fertilidade do solo com a aplicação de técnicas e sistemas de plantio adequados para a otimização e a intensificação de seu uso. Dessa forma, permite a diversificação das atividades econômicas na propriedade e minimiza os riscos de frustração de renda por eventos climáticos ou por condições de mercado – afirmou.

A integração também reduz o uso de agroquímicos, a abertura de novas áreas para fins agropecuários e o passivo ambiental. Possibilita, ao mesmo tempo, segundo o pesquisador, o aumento da biodiversidade e do controle dos processos erosivos com a manutenção da cobertura do solo. Aliada a práticas conservacionistas, como o plantio direto, se constitui em uma alternativa econômica e sustentável para elevar a produtividade de áreas degradadas.

Para o pesquisador, as pesquisas sobre a integração do iLPF avançam, além do interesse frequente dos produtores rurais em adequar sua propriedade por meio de técnicas cada vez mais sustentáveis.

- Há um interesse crescente em saber como são e como funcionam os sistemas integrados. De fato, tudo ainda é muito novo, por isso é de fundamental importância a orientação e a capacitação correta estimulando essas novas tecnologias – aponta o pesquisador da Embrapa.

Bate-papo

Ao longo da programação, os jornalistas convidados, como a editora da Revista Safra, Carla Guimarães e o jornalista Márcio Venícius, apresentador do Jornal do Campo, na TV Anhanguera, falaram sobre os caminhos na produção de notícias agropecuárias em Goiás, além de novos modelos que permitem o avanço do setor no estado de forma sustentável e integrada, para um público que em sua maioria, foram de jornalistas e estudantes de jornalismo, técnicos, extensionistas e profissionais ligados à agropecuária.

Fonte: Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás – FAEG



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