“Inseto de minuto, que tem cerca de meio centímetro, com coloração branca.” Assim que a pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo Elizabeth Sabato descreve a cigarrinha do milho, inseto que se alimenta e se reproduz apenas no milho e que tem causado sérios prejuízos aos produtores, pois transmite doenças capazes de destruir as lavouras.
Em entrevista ao programa Conexão Ciência, a pesquisadora ressaltou a importância dessas doenças, chamadas de enfezamentos, alertando para as medidas de controle e prevenção que devem ser adotadas.
- É preciso que o produtor saiba reconhecer a doença, estar atento para escapar dela e não permitir que ela passe para uma nova lavoura – explicou.
Para isso, segundo Sabato, é importante sincronizar a semeadura e diversificar as cultivares para diminuir a incidência da doença e evitar grandes prejuízos.
A pesquisadora falou ainda sobre o uso de inseticidas para eliminar as cigarrinhas.
- Tratar as sementes com inseticidas pode não resolver totalmente o problema se o produtor está próximo a uma lavoura doente, porque há a entrada constante de cigarrinhas infectantes.- Mas ela ressaltou que se não for essa a situação e se todos os produtores tratarem as sementes com inseticidas, isso pode contribuir para reduzir a população do inseto vetor.
Em relação aos sintomas apresentados pela planta infectada, Sabato explicou que apesar de ser nos estágios iniciais que ela é infectada, é na fase produtiva que os sintomas se manifestam, após o florescimento.
- As plantas doentes, normalmente, apresentam algum grau de avermelhamento nas folhas, clorose acentuada, a folha seca e a planta morre. Normalmente a altura da planta é reduzida, ela pode ficar improdutiva ou produzir espigas pequenas – relatou.
Sabato acredita que com conhecimento e adotando as devidas medidas de prevenção é possível escapar das doenças transmitidas pela cigarrinha do milho.
- Não vamos deixar de plantar milho por causa dessas doenças. Nós vamos conviver com elas – concluiu.
Fonte: Secom Embrapa