No Rio Grande do Sul, a semeadura do milho alcança 90% da área de 777.442 hectares projetadas para esta safra 2019/2020. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), 39% das lavouras implantadas estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 22% em floração, 35% em enchimento de grãos e 4% em maturação. Na regional de Santa Rosa, a colheita do milho já iniciou em 1% da área cultivada com o grão. No geral, o desenvolvimento da cultura e o estado fitossanitário estão bons. As lavouras apresentam baixo índice de ataque de pragas e de incidência de doenças.
O milho silagem também segue em desenvolvimento no Estado. Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, 10% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 27% em floração, 60% em enchimento de grãos e 3% em maturação. Em geral, as lavouras seguem apresentando bom desenvolvimento, com ótimo potencial produtivo.
Na soja, a implantação da cultura alcançou 90% do total da intenção de plantio, que é de 5.978.967 hectares para a safra do RS. As lavouras se encontram 99% na fase de desenvolvimento vegetativo e 1% em floração. Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, por exemplo, o plantio da soja foi finalizado. Em aproximadamente 10% da área cultivada, as lavouras necessitam de aporte hídrico para regularizar a emergência. Das já implantadas, 98% estão em desenvolvimento vegetativo (estágios V4 e V6) e em 2% inicia a floração. Em geral, o estande de plantas se apresenta desuniforme. Nas áreas implantadas no início de novembro, o problema foi o elevado volume de precipitação, enquanto que nas implantadas entre o final de novembro e início de dezembro, a limitação é a redução da umidade do solo em decorrência da ausência de precipitações. Em pontos isolados, tem sido observada a morte de plantas devido ao estresse hídrico e a fatores como ataque de lagartas.
Nas Missões, a semeadura da soja não foi concluída devido à pouca umidade do solo. Nas lavouras implantadas recentemente, a emergência das sementes foi desuniforme em função de o plantio ter ocorrido com solo seco e a pouca profundidade. Em 3% da área total da região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, os produtores necessitaram realizar replantio. Em geral, a situação das lavouras de soja ainda se mantém boa, com bom estande de plantas e estado sanitário. Os produtores da região realizam controle de invasoras e pragas (lagartas) e iniciam o monitoramento da prevenção da ferrugem asiática.
A cultura do arroz no RS chegou em 98% da área de 944.549 hectares estimada para a safra. O tempo favorável em todas as regiões permitiu aos produtores avanços no preparo de novas áreas e plantios. As lavouras estão 100% na fase de desenvolvimento vegetativo. Os produtores continuam executando tratos culturais para o controle de ervas daninhas, adubação de cobertura e manejo da irrigação.
A implantação do feijão 1ª safra no RS alcançou 92% da área prevista. Atualmente, 28% das lavouras se apresentam na fase de desenvolvimento vegetativo, 15% das lavouras estão em floração, 24% em enchimento de grãos, 23% em maturação e 10% já foram colhidas. Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, a cultura apresenta bom estande e bom aspecto. Os produtores seguem realizando adubação de cobertura (aplicação de nitrogênio) e controle de invasoras. Já na regional de Ijuí, as condições de tempo são favoráveis ao desenvolvimento da cultura, que se encaminha para o enchimento de grãos e maturação. O tempo seco favorece possibilita grãos de excelente qualidade nas primeiras lavouras colhidas; por outro lado, a ausência de umidade tem acarretado problemas em lavouras tardias, atualmente nas fases de floração e de formação do grão.
CULTURAS DE INVERNO
Trigo – Cultura na entressafra, com os produtores comercializando o produto estocado. Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, o preço ficou estável entre R$ 40,00 e R$ 42,00. Nas de Ijuí e Frederico Westphalen, variou entre R$ 39,00 e R$ 40,00. Em Erechim, variou entre R$ 41,00 e R$ 42,00. Na regional de Passo Fundo o preço permaneceu em R$ 40,00/sc. Para o produto disponível, a cotação em Cruz Alta foi de R$ 44,00/sc.
Cevada – O tempo favorável na semana permitiu a finalização da colheita da safra da cevada no Estado. Em Canguçu, município que integra a Regional de Pelotas, as últimas lavouras colhidas chegaram à produtividade média de 2.115 quilos por hectare.
Aveia branca – O ciclo da aveia branca no Estado está tecnicamente encerrado. Em Hulha Negra, na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores aproveitaram a semana com clima seco para finalizar a colheita. A produtividade variou entre 1.200 e 1.500 quilos por hectare, e os grãos apresentaram bom peso, boa sanidade e umidade em torno de 12%. Os preços oscilaram entre R$ 0,70 e R$ 1,00/kg. A aveia Ucraniana, que obtém melhores cotações, foi comercializada entre R$ 1,10 e R$ 1,30/kg.
OLERÍCOLAS E FRUTÍCOLAS
Aipim/mandioca – Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, as lavouras seguem em desenvolvimento vegetativo. Produtores realizam capina das ervas daninhas e segue a colheita das lavouras plantadas no ano passado. O preço pago ao produtor pelo produto descascado, destinado à agroindústria de polvilho, é de R$ 4,50/kg.
Cebola – Na região Sul do Estado, maior região produtora, com 2.785 hectares com a cultura, segue a colheita, com melhoria do produto colhido. Lavouras estão predominantemente em fase de tombamento e cura a campo. O preço pago ao produtor variou de R$ 0,50 a R$ 0,80/kg para tipo 3. Na regional de Passo Fundo, a colheita da cebola foi encerrada, com produto de ótima qualidade. As produtividades variaram de 15 a 55 toneladas por hectare, com uma média de 28 toneladas por hectare. Produtores comercializam o produto; o preço pago ao produtor baixou, ficando entre R$ 0,50 e R$ 0,60/kg.
Milho verde – Na Regional de Lajeado, iniciou a colheita, atrasada em relação aos anos anteriores, devido ao frio no início do ciclo. A produtividade é muito boa, de 13 toneladas por hectare e média de 45 mil a 50 mil espigas colhidas por hectare. Algumas espigas podem apresentar falha de granação devido ao excesso de chuva durante a floração no Vale do Taquari. O preço recebido pelos produtores varia de R$ 0,20 a R$ 0,25/espiga.
Pêssego – Na região Sul, a cultura está implantada em 5.311 hectares, sendo que 65% das lavouras estão no período de frutificação. Foram colhidos 35% do total. A frutificação é desuniforme. Seguem os tratamentos fitossanitários. O preço pago ao produtor é de R$ 2,00 a R$ 3,00/kg; para o produto para indústria, a sinalização de preços é a seguinte: para tipo 1, R$ 1,30/kg e para o pêssego tipo 2, R$ 1,05/kg.
Melancia – Na Regional de Soledade, a cultura está em colheita. As lavouras sem irrigação apresentam sinais de déficit hídrico. Já na Regional de Porto Alegre, segue a colheita. A baixa umidade já causa déficit hídrico. O preço pago ao produtor é de R$ 1,00/kg.
PASTAGENS E CRIAÇÕES
Os campos nativos e as pastagens cultivadas perenes de verão apresentam boa produção de forragem. A implantação das pastagens cultivadas anuais de verão sofreu atraso, mas em algumas áreas já começam a ser pastejadas. Em vários locais das regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Bagé, Pelotas e Soledade, o clima mais seco está afetando a qualidade e o crescimento das pastagens de verão, especialmente as anuais, em fase de desenvolvimento inicial.
BOVINOCULTURA DE CORTE – As diversas categorias de bovinos de corte no rebanho do RS apresentam bom escore corporal e ganho de peso. As condições sanitárias, no geral, estão satisfatórias. Nas regiões da Emater/RS-Ascar de Santa Maria e Caxias do Sul, vem aumentando a incidência de carrapatos e mosca-do-chifre. Nas diversas regiões do Estado, o período de cobertura das matrizes está em andamento em um bom número de propriedades, tanto por monta natural quanto por meio de inseminação artificial.
BOVINOCULTURA DE LEITE – Os rebanhos leiteiros do Rio Grande do Sul apresentam bom estado corporal e mantêm boa produção. As condições sanitárias são satisfatórias. Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Bagé, Caxias do Sul, Pelotas e Santa Rosa, ocorre aumento da incidência de parasitoses causadas por carrapatos e moscas, especialmente pela mosca-do-chifre. Nas regiões de Pelotas, Santa Rosa, Erechim e Ijuí, são registradas situações de desconforto térmico dos animais. Este fato acarreta menor ingestão de massa verde por meio de pastejo, gerando necessidade de suplementação alimentar para manter os níveis de produção de leite. Com isso ocorre elevação dos custos de produção.
OVINOCULTURA – Os rebanhos ovinos gaúchos apresentam boas condições físicas e sanitárias. Com o desmame de cordeiros encerrado, as atenções do manejo concentram-se na recria e terminação. Outro destaque no manejo é a preparação de carneiros e ventres para o período de encarneiramento que começa no próximo mês, em boa parte das propriedades. A esquila já foi concluída em mais 90% dos rebanhos.
PESCA ARTESANAL
Durante a semana, na região de Porto Alegre, a pesca artesanal em águas do mar teve baixa produtividade, de uma forma geral. Já nas regiões de Santa Rosa e Pelotas, o período de defeso segue até o final de janeiro, nos principais estuários de água doce.
Fonte: Emater