Por: Tânia Moreira |Economista do Departamento Téc. e Econômico da FAEP.
SOJA encerra o mês do lado negativo
Os futuros da soja fecharam em queda na data de ontem, com o contrato de maio cotado a US$ 8,89 por bushel, apesar de um bom resultado para exportações semanais americanas, que foi levemente acima das expectativa de mercado, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ficando 19% maior que a média das últimas quatro semanas.
A perspectiva de clima favorável nos Estados Unidos, para a continuidade da colheita americana, e boas perspectivas climáticas para a América do Sul, especialmente para o Brasil, com previsão de produção de 100,0 milhões de toneladas, tem pesado sobre os preços em Chicago.
A perda do futuro de maio-2016 neste mês vai se encerrando perto de 1,10% variando entre a mínima de US$ 8,86 a US$ 9,253 por bushel. Isto é semelhante aos dois meses anteriores, na média, 15% menor que outubro de 2014 e 33% menor que o registrado entre 2010 e 2013.
O câmbio registrou perda de 2,56% no mês, o que somado as baixas de Chicago, fez o preço médio recebido pelo produtor recuar, segundo dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB). O preço médio da última semana de outubro foi cotado a R$ 69,99 por saca, em um cenário de comercialização de 32% no estado para a safra nova, em relação a média de 18% dos últimos cinco anos para o mesmo período, segundo a Safras e Mercado.
As exportações brasileiras até setembro totalizaram 49,5 milhões de toneladas crescendo 11,0% em relação ao volume exportado do ano passado, apesar de uma queda de 16% no valor exportado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Para o ano, as exportações nacionais são estimadas entre 52,0 a 53,0 milhões de toneladas, em relação as 45,6 milhões exportadas no ano anterior.
Na data de hoje os futuros abriram do lado positivo, e até às 10:40 o futuro de maio-2016 era cotado a ↑US$ 8,92 por bushel, com o câmbio ganhando ↑0,84 % cotado a ↑R$ 3,882.
* 87% é o percentual colhido da safra americana, com previsão de produção de 105,81 milhões de toneladas na temporada 2015/16.
* 38% é o percentual comercializado no Brasil até o início de outubro.
* 100,0 milhões de toneladas é a perspectiva de produção no Brasil, com o percentual de plantio de 66% no Paraná e de 38,3% no Mato Grosso.
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Fonte: Sistema FAEP