Criar bovinos é uma tradição de mais de 60 anos na família Soldera. Tudo começou com Laurindo Soldera, filho de um italiano que fixou residência em Porto Feliz (SP).
O pecuarista toca o rebanho junto com os filhos. São quase 400 cabeças, entre bezerros, bois e vacas. É um trabalho que requer atenção em todas as etapas, ainda mais quando aparece um conhecido pontinho escuro, que é praticamente imperceptível de longe.
A presença do carrapato no meio da criação é um problema conhecido e que preocupa bastante, principalmente no verão. É que nessa época do ano o parasita se reproduz mais rápido e, para crescer, precisa passar um tempo na pele dos animais. Ele suga o sangue e prejudica o desenvolvimento do gado.
No passado, para eliminar o parasita, Laurindo usava métodos mais caseiros. Com o passar dos anos, surgiram mais carrapaticidas no mercado e a estrutura para a lida com o gado ficou mais moderna. No brete de contenção, Fernando Soldera, filho de Laurindo, consegue fazer o manejo correto dos produtos em segurança.
Ele usa dois métodos para acabar com o parasita: aplica um produto líquido no lombo do animal ou injeta o medicamento.
Além do carrapaticida líquido e da injeção, há outras formas de combater o carrapato. O pecuarista Mário Jorge Pereira usa um pó carrapaticida para proteger as mais de 100 cabeças de gado do sítio. Ele gasta no máximo R$ 2 mil por ano comprando o pó para misturar com a ração. A cada mil quilos de ração, o criador usa um quilo do produto.
O médico veterinário Danilo da Silva diz que os carrapatos acabam se acostumando com os produtos e que, por isso, é importante fazer a substituição pelo menos uma vez por ano.
Danilo conta que o tempo de engorda do boi pode até dobrar quando há infestação de carrapatos. No caso dos animais para leite, a produção corre o risco de cair até pela metade.
Fonte: G1