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INDÚSTRIA ARROZEIRA

Ministério Público do Trabalho (MPT) em conjunto com o Ministério do Trabalho deflagrou hoje (4) a segunda operação da força-tarefa para fiscalizar as condições de saúde e segurança nos postos de trabalho nas indústrias do setor arrozeiro do Rio Grande do Sul. O alvo é a filial da unidade industrial Pelotas, da Nelson Wendt & Cia (nome fantasia Nelson Wendt Alimentos).

Segundo o MPT, a empresa possui 157 trabalhadores e funciona em três turnos, de oito horas cada, de segunda-feira à sábado. O empregador foi notificado para disponibilizar, até às 10h desta terça-feira, 57 documentos.

Os documentos instruirão inquérito civil (IC) que acompanhará as adequações das condições de saúde e segurança nos postos de trabalho nas arrozeiras. A inspeção é composta por 17 integrantes, sendo que pelo MPT a coordenação é do procurador Rafael Foresti Pego.

A primeira ação da força-tarefa foi realizada em agosto, na SLC Alimentos (Capão do Leão) e resultou na interdição de máquinas e atividades que apresentavam grave e iminente risco aos 340 empregados. A desinterdição condicional (resolvidos os problemas de grave e iminente risco) foi realizada em 13 de setembro, ocasionando 22 dias sem produção na planta.

Apenas na região de Pelotas, a estimativa é de que haja pelo menos 2 mil empregados no setor da produção de arroz. Cinco das sete maiores arrozeiras do Estado, responsável por 63% da produção nacional, estão na região de Pelotas. De acordo com dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), das 50 maiores empresas beneficiadoras no Estado, as 10 maiores concentram 48,03% da produção.

O MPT explica que a decisão de constituir a força-tarefa se deu a partir de encaminhamento de pesquisa sobre condições de trabalho no setor, realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), por iniciativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins.

Fonte: Revista Globo Rural

 



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