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INDICADORES DE PREÇOS AGRÍCOLAS

A Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) anunciou, nesta quarta-feira (19/9), uma série de indicadores de preços agrícolas no mercado físico, ampliando uma atuação que até agora era restrita ao mercado de algodão. Pelo site oficial da instituição, poderão ser conferidos diariamente referências para café, arroz, milho, soja, trigo e feijão fornecidos por corretoras de mercadorias.

As séries disponíveis para esses produtos compreendem um período de dois meses. Atualmente, pelo menos 50 corretoras entre as 147 associadas à BBM fornecem os dados que alimentam o sistema, mas a expectativa dos executivos da Bolsa é aumentar essa participação com o tempo.

“Esperamos ter todas as corretoras fornecendo, mas a massa atual é coerente com a realidade do mercado. Conhecemos as corretoras, sabemos que elas fazem negócios e que a informação é de qualidade”, garantiu o diretor da BBM, Cesar Henrique Costa, em entrevista coletiva, em São Paulo (SP).

Os valores são listados por produto específico e praças de referência em estados relevantes da produção e negociação. Apurados ao longo do dia, os valores resultam em uma primeira média. Depois, são eliminados do cálculo os que variam 10% para cima ou para baixo, para o cálculo de uma segunda média. Esse resultado é o que será divulgado ao final de cada dia.

“Nossa proposta é criar indicadores confiáveis com base nas informações de quem está negociando. Um dia, talvez, podemos evoluir para um indicador de preços único por estado, se houver necessidade. Mas não está nos nossos planos”, afirmou Costa.

Os indicadores de preços serão usados como referência para outro serviço que a BBM lançou oficialmente nesta quarta-feira (19/9): um aplicativo para facilitar a relação das corretoras associadas com clientes. Chamada de BolsaAgro, a plataforma permite compradores e vendedores colocarem ofertas no mercado.

“Ainda não há uma expectativa definida de volume de negócios fechados via aplicativo”, disse Costa, acrescentando que está otimista.

A intenção, segundo ele, é dar mais segurança e agilidade aos negócios, além de proporcionar a compradores e vendedores o acesso a todo o mercado nacional. Os negócios podem ser fechados e os contratos, registrados online utilizando-se de um sistema de assinaturas digitais.

O anúncio das ofertas e o contato com as corretoras são gratuitos. A receita relacionada ao uso do aplicativo viria dos chamados emolumentos, as tarifas pagas pelas operações, já que, obrigatoriamente, o registro da operação é feito na própria BBM.

Através do aplicativo, a Bolsa Brasileira de Mercadorias busca aumentar volumes negociados em sua plataforma e diversificar suas operações no mercado agropecuário. Além de produtos agrícolas, é possível ofertar outros produtos e serviços, como máquinas agrícolas e contratos de frete.

De acordo com a instituição, mais de 30 mil usuários estão cadastrados no sistema. O sistema já havia sido apresentado, em uma fase de pré-lançamento, durante a Expointer, no Rio Grande do Sul.

Fonte: Revista Globo Rural



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