As indenizações do seguro rural subsidiado pelo governo federal subiram 393% em 2018, na comparação com 2017, saindo de R$ 187,6 milhões para R$ 925 milhões, de acordo com dados do Ministério da Agricultura.
O valor é recorde e foi desembolsado pelas 14 seguradoras credenciadas para oferecer este tipo de produto. Até então, o maior volume de indenização pago em 1 ano pelo programa era o de 2014 (R$ 719,4 milhões).
O seguro rural indeniza o produtor em caso de prejuízos por problemas climáticos ou derrubada de preços, por exemplo. De acordo com o ministério, a seca foi o principal problema que ocasionou as perdas nas lavouras em 2018, com cerca de R$ 660 milhões de indenizações, seguida pela ocorrência de granizo, que gerou pagamento de R$ 201 milhões aos produtores.
Do total de recursos pagos pelas seguradoras, 36% foram para os produtores do Paraná, 21% do Rio Grande do Sul, 11% de Goiás, 11% de Mato Grosso do Sul, 8% de São Paulo e o restante para agricultores dos demais estados.
Ao todo, o mercado total de seguros rurais (subsidiados e privados) no ano passado movimentou R$ 1,9 bilhão na contratação de apólices. E as indenizações somaram R$ 1,4 bilhão, com valor segurado de R$ 28 bilhões.
Subsídio será recorde em 2020
Para a contratação de 63 mil apólices com um valor máximo segurado de R$ 12 bilhões em 2018, o governo federal desembolsou R$ 370 milhões.
Para 2019, tem disponível um montante semelhante, de R$ 371 milhões. Em 2020, esse orçamento passará para o valor recorde de R$ 1 bilhão. Na avaliação do Ministério da Agricultura, isso será suficiente para atingir mais de 200 mil apólices, protegendo 15,6 milhões de hectares.
Fonte: G1