As condições climáticas da América do Sul têm trazido incertezas quanto à oferta da safra de milho 2017/2018, principalmente no que tange à produção da Argentina, visto que o país se enquadra como o quinto maior produtor mundial do cereal e vem sofrendo com a baixa precipitação em período de desenvolvimento das lavouras. De acordo informações do boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o relatório de oferta e demanda do USDA referente ao mês de fev/2018 já traz reflexos deste contexto climático desfavorável ao país.
Segundo o Imea, isso reduz a expectativa de produção em 7,1% ante a estimativa anterior, o que reflete em uma passagem de 42,0 milhões de toneladas para 39,0 milhões de toneladas, demonstrando, assim, que a estiagem em algumas áreas semeadas já não tem possibilidade de recuperação. Visto que as previsões climáticas na Argentina continuam apontando para um clima desfavorável na próxima semana, é importante a atenção para possíveis momentos de recuperação nas cotações da CME a curto prazo, neste período de mercado climático.
Plantio da safra de milho
A semeadura para a safra de milho 2017/2018 em Mato Grosso avançou nesta semana 19,3 pontos percentuais e com isso já alcançou 46,32% do total da área estimada.
“A redução no volume de chuvas, aliada à maior incidência de dias ensolarados, trouxe fluidez à colheita da soja, proporcionando bons avanços para os trabalhos de campo do milho”, diz o Imea.
No entanto, a semeadura já apresenta um atraso de 12,07 pontos percentuais, ante o que foi visto no mesmo período do ano passado, mas é importante salientar que, na média dos últimos cinco anos, ainda exibe um adiantamento de 5,0 pontos percentuais.
Assim, segundo o Imea, as regiões mais adiantadas são a médio-norte, oeste e centro-sul, que já apresentam 64,62%, 47,25% e 38,23%, respectivamente, da área semeada. Para a próxima semana a Somar prevê chuva acumulada em torno de 67 mm a 92 mm nos principais municípios produtores. Com isso, é esperado que os trabalhos estejam mais direcionados ao milho, visto que a semeadura do algodão já está quase finalizada no Estado.
Fonte: SFAgro